Sociedade

Câmara da Guarda com resultado líquido negativo de um milhão de euros

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Escrito por Luís Martins

A Câmara da Guarda fechou o ano de 2023 com um resultado líquido negativo de um milhão de euros, de acordo com o relatório e contas aprovado na última Assembleia Municipal, realizada no passado dia 30 de abril.
A prestação de contas 2023 foi aprovada por maioria, com 46 votos a favor e 29 abstenções. Sérgio Costa considerou que no ano transato foi possível manter as contas da autarquia saudáveis, apesar do aumento dos encargos provocados pela inflação. «Um aumento [inflação] que não foi acompanhado das transferências correntes provenientes do Orçamento do Estado que desta forma também levou a que tivéssemos um resultado líquido com uma variação negativa em relação a 2022», justificou o edil eleito pelo movimento independente “Pela Guarda”. Uma análise acompanhada pelo deputado António Oliveira (PG), que considerou que se trata de «boas contas» e que traduzem «uma situação económico-financeira razoável».
Opinião contrária manifestou o PSD, que chamou a atenção para «o descaminho» do município e para a inversão da tendência registada até 2021.
«Assistimos a muito gasto», criticou o deputado Ricardo Neves de Sousa, enquanto Miguel Borges (PS) realçou o aumento de taxas, da dívida aos fornecedores e «o excesso» ao recurso de ajustes diretos. O documento tinha sido aprovado por maioria no executivo, com as abstenções dos três eleitos do PSD e da vereadora do PS. A sessão ficou ainda marcada pelo abandono da sala dos eleitos do PSD quando se discutia a contratação de um empréstimo para a aquisição de autocarros. Isto porque o assunto foi aproveitado pelos presidentes de Junta de Freguesia de Valhelhas, Helder Saraiva, e Aldeia Viçosa, Luís Prata, para criticarem os vereadores da oposição no executivo por terem chumbado a contratação de outro empréstimo de 7,6 milhões de euros para financiamento de investimentos municipais.
Posteriormente, João Correia, líder de bancada social-democrata, discordou da forma como o debate foi conduzido alegando que estas intervenções deveriam ter sido feitas no período antes da ordem do dia.

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Luís Martins

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