A lista C, liderada por Pedro Bernardo, venceu as eleições para a direção da Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI), realizadas no passado dia 10, ao obter 61,9 por cento dos votos, contra 38,1 da Lista E.
Além de Pedro Bernardo, de 21 anos, natural da Covilhã e aluno do mestrado integrado em Engenharia Civil, foram também eleitos Micael Santos, estudante de Economia (Conselho Fiscal), e Teresa Ferreira, mestranda em Ciências Farmacêuticas (Assembleia-Geral). O novo dirigente diz-se «orgulhoso» por poder dar o seu «contributo pessoal» à AAUBI. «A motivação é enorme, e o facto de ter merecido a confiança de mais de metade dos votantes traduz-se numa enorme responsabilidade, mas que me dá ainda mais motivação para cumprir o mandato», sublinha. Eleito numa lista que se apresentou como «ponto de viragem», Pedro Bernardo assume que quer «levar a cabo uma mudança que não seja radical, mas antes consciente e responsável», desejando antes de mais «restaurar a confiança dos alunos na Academia, pois a AAUBI nos últimos anos não foi capaz disso, principalmente pela vergonha e exposição pública que sofreu recentemente».
O presidente salienta, no entanto, que «tal não significa que não houve gente competente nas direções anteriores, mas denota, na minha opinião, que não se conseguiu trabalhar em conjunto e isso eu posso garantir que não irá suceder no meu mandato, pois a equipa a que presido tem um enorme espírito de entreajuda e camaradagem». Um dos seus objetivos é mostrar que a AAUBI existe «além da Receção ao Caloiro e da Semana Académica», revelando ainda que vai estreitar relações com as Associações Académicas da Guarda e Castelo Branco para o «desenvolvimento de uma estratégia “de região”, que nos permita intervir em conjunto em assuntos que afetem os estudantes, como por exemplo as portagens na A23, ou o encerramento da linha férrea entre a Covilhã e a Guarda».
Em relação à situação financeira da AAUBI, Pedro Bernardo diz não estar ainda «em condições de avançar dados concretos, uma vez que a tomada de posse não aconteceu», mas sempre adianta que «não é a melhor». De resto, o dirigente recém-eleito considera que é preciso «trabalhar o seu financiamento, pois não podemos estar apenas à espera de receber fundos públicos. Temos necessariamente de ir à procura de apoios privados, embora neste momento a tarefa não se afigure fácil por força da conjuntura económica que o país atravessa». Mas, para Pedro Bernardo, «temos de tentar, e de fazer valer o nome da instituição e a sua missão, e penso que se formos bem-sucedidos na criação de uma imagem credível da AAUBI, isso também se refletirá numa maior confiança de eventuais patrocinadores», acredita.
Fábio Gomes