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Pastor alemão mordeu atletas na Guarda

Animal fugiu à dona no Bairro de São Domingos e atacou três homens que tiveram de ser assistidos no hospital

O conhecido atleta Paulo Gomes não ganhou para o susto na última quarta-feira quando, juntamente com dois companheiros de treino, foi atacado por um pastor alemão nas proximidades do Bairro de São Domingos, na Guarda. Dois dos atletas foram mordidos, enquanto outro sofreu escoriações, tendo ficado impedidos de treinar e de competir depois de terem sido assistidos no Hospital Sousa Martins.

Paulo Gomes, que representa atualmente o Benaventense e participou nos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008, contou a O INTERIOR que o ataque ocorreu quando, juntamente com o também atleta Bruno Santos e José Morgado, militar da GNR, que também entra em competições, se deslocavam do Bairro de São Domingos em direção à ponte pedonal, junto ao Parque Urbano do Rio Diz. O cão, que não usava açaime, «soltou-se da dona» que não o conseguiu segurar e atacou de seguida os três homens. Paulo Gomes foi mordido num braço e também sofreu uma lesão numa perna, tendo ficado sem treinar e competir durante vários dias e na última terça-feira ainda treinava de forma condicionada. Bruno Santos foi mordido nas pernas e nos braços, enquanto José Morgado não foi mordido mas acabou por cair e embater contra os rails da VICEG, tendo sofrido várias escoriações e ficado também «impossibilitado de se treinar».

Paulo Gomes frisa que, juntamente com os colegas e apesar da «gravidade» das lesões, acabou por resolver «as coisas pacificamente com a dona do cão», cujo seguro «pagou os danos materiais como equipamentos rasgados e relógios danificados». Agora, os «danos físicos e morais» é que não serão reparados tão rapidamente, numa situação que «não deveria ter acontecido» e «foi uma sorte não ter sido ainda mais grave». De resto, o atleta natural de Celorico da Beira garante que no Parque Urbano do Rio Diz também já apanhou outros sustos com animais de «grande porte» que, por vezes, andam à solta, colocando a integridade física dos utilizadores do espaço em perigo. O mesmo sucede frequentemente nas zonas das eólicas e da carreira de tiro. Deste modo, Paulo Gomes, de 41 anos, espera que a situação ocorrida a semana passada possa servir de «alerta» para que as autoridades tomem diligências, de maneira a que os donos dos animais sejam punidos e tenham mais cuidado na hora de soltarem os respetivos cães que podem ser perigosos em espaços muito frequentados.

Ricardo Cordeiro O cão, que não usava açaime, «soltou-se da dona» que não o conseguiu segurar e atacou de seguida os três homens

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