Pedro Passos Coelho afirmou este domingo, na Festa do Pontal, na Quarteira, que a solução de Governo está esgotada, porque apenas sabe «fazer o que é fácil».
A solução de Governo PS, com apoio parlamentar do BE, PCP e PEV, «está esgotada», vincou o líder do PSD, considerando que o executivo socialista «só sabe fazer o que é fácil, e o que é difícil, o que exige alguma coragem, o que exige algum reformismo, isso não mora neste Governo».
«Esta “troika” governativa só sabe fazer o que é fácil. Depois do que é fácil, acabam-se as boas ideias», realçou o antigo primeiro-ministro, referindo que o atual Governo «não tem nada para oferecer do ponto de vista económico, a não ser estagnação e, eventualmente, o conflito com credores, com as instituições europeias e com os investidores».
Apesar de sentenciar o «esgotamento» da solução governativa, Passos Coelho acredita que ela «até pode durar até ao fim da legislatura». Para 2017, PS, PCP, BE e PEV «lá tratarão de aprovar o Orçamento do Estado», asseverou o presidente do PSD, para quem os partidos que apoiam o Governo «estão unidos nesta solução», ensaiando umas «discordâncias apenas para ver se conseguem manter algum espaço próprio».
Realçando várias vezes que a economia do país está «estagnada», o antigo primeiro-ministro criticou ainda a falta de respostas por parte do executivo do PS, para «explicar o que se passa com a economia». Quando o Governo falha, «não há um membro a explicar ou a dar a cara. É impossível encontrar um membro do Governo», constatou, referindo que o ministro da Economia, o ministro das Finanças ou o primeiro-ministro poderiam dar uma explicação.
No entanto, Passos Coelho disse que não sabe se António Costa não estará «em alguma mesa de café a recordar aos membros do seu Governo como se devem comportar, sendo que não consegue porque eles esquecem-se todos os dias dos conselhos que ele lhes dá».
O Governo sabe que, no PSD, «há lá um tipo que não se importa de dar as más notícias», apontou, referindo, já no final do seu discurso, que o partido que lidera leva «a sério» o país e fará o que «é difícil» e «o que é preciso».