Entre o dia 1 e 9 de agosto arderam 25.738 hectares de floresta em Portugal, mais do que o total ardido em três anos da última década.
Portugal ativou o Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia para impedir o avanço de fogos florestais em diversos pontos do país e a UE já mobilizou um plano de combate a incêndios, gerido por Itália como parte da “capacidade tampão” da UE, desenvolvido para apoiar os recursos nacionais quando requerido.
«A UE apresenta-se solidária com Portugal no auxílio ao combate aos fogos no país. Encontramo-nos em contacto contínuo com as autoridades nacionais de diferentes Estados integrados no Mecanismo de Proteção Civil da UE para coordenar a resposta. Os nossos pensamentos estão com aqueles que foram afetados e com os que responderam em primeiro lugar, que se encontram a fazer o seu melhor no combate às chamas», declarou Christos Stylianides, Comissário Europeu para a Ajuda Humanitária e Gestão de Crises.
O Centro de Coordenação de Resposta de Emergência (CCRE) recorre a serviços de monitorização nacionais, dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS) e imagens de satélite para providenciar uma visão mais alargada da situação europeia.
O Mecanismo de Proteção Civil da UE foi ativado pela última vez por Portugal em agosto de 2013. Este mecanismo facilita a cooperação em resposta a desastres entre 34 Estados europeus (os 28 Estados Membros, Antiga República jugoslava da Macedónia, Islândia, Montenegro, Noruega, Sérvia e Turquia).
Entre o dia 1 e 9 de agosto arderam 25.738 hectares de floresta em Portugal, mais do que o total que ardeu em três anos da última década, avança o “Diário de Notícias” desta quinta-feira. A este valor ainda tem de se somar os 8 mil hectares queimados durante os outros meses de 2017.
Estes dados, que foram avançados pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) ao “DN”, ainda carecem da validação da GNR. Em 2014, durante o ano todo, arderam 19.700 hectares; em 2008, foram 14.410; e em 2007, 16.605 hectares.
