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Passerelle dos mais belos cães Serra da Estrela

Seia acolheu XIVª Exposição Monográfica da raça organizado pela LICRASE

De dois em dois anos, a Liga dos Criadores e Amigos do Cão Serra da Estrela (LICRASE) promove uma exposição monográfica desta raça para premiar os mais belos exemplares. Amarelos ou castanhos, de pêlo curto ou comprido e oriundos de vários países, todos desfilaram na “passerelle” estendida este ano em Seia. A iniciativa aconteceu no passado sábado e encheu o pavilhão da União Desportiva local de cães, criadores e muitos curiosos. Do concurso ficou a prova que o Serra da Estrela é uma raça que tem fãs em todo o lado e que a paixão por esta espécie é mundial.

No final da XIVª Exposição Monográfica do Cão Serra da Estrela, Edgar Dolgner, vice-presidente da LICRASE, estava muito satisfeito e considerou que «foi uma das melhores edições». Para isso contribui o número de inscrições, «que excedeu as expectativas», com cerca de 94 exemplares, o aperfeiçoamento da raça, «que está mais apurada em termos morfológicos», e também a participação de muitos criadores estrangeiros, adianta Edgar Dolgner. «O que é um bom sinal em termos de vitalidade para a raça», considera. Na exposição esteve também presente uma delegação de Inglaterra, mas sem cães, devido à quarentena a que estão obrigados os animais antes de saírem daquele país. O vice-presidente da Liga salientou ainda que o cão Serra da Estrela é muito procurado nos países do Norte da Europa devido «à sua resistência e longevidade, que pode ir até aos 12 anos de vida, enquanto que outros cães já demonstram alguma debilidade a partir dos sete anos». O objectivo desta exposição foi promover a espécie e escolher o Campeão Nacional de Beleza, que vai disputar no princípio do próximo ano, no Porto, o Super Campeonato de Raças Caninas Portuguesas.

Ou seja, pretende-se encontrar o exemplar mais próximo do «cão perfeito», refere Edgar Dolgner. Ao todo participaram cerca de uma centena de animais oriundos de diversos países da Europa (França, Holanda, Suécia e Portugal), nas variedades de pêlo curto e comprido, e que disputaram os vários prémios previstos no regulamento redigido pelo Clube Português de Canicultura. Assim, os cães galardoados na variedade de pêlo comprido foram o macho “Tarzan da Quinta de São Fernando” e a fêmea “Gajaboa da Costa Oeste”. O melhor cachorro da exposição foi o “Noz da Varanda dos Pastores”. Sendo os melhores exemplares adultos, “Kouko do Vale do Juiz” e “Aboni da Serra de Sintra”. Na categoria de pêlo curto o prémio de melhor macho adulto e macho absoluto foi atribuído ao “Cabal d’Alpetratinia” e a melhor fêmea adulta “C’Gardunha d’Alpetratinia”. Por fim, a melhor fêmea absoluta foi a “Hieracite”. O júri foi presidido por Luís Pinto Teixeira.

Esta exposição tem decorrido sempre dentro dos limites do Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE), pois foi ali que a raça se fixou e adaptou. Por causa do «enorme sucesso» deste ano, a organização promete continuar «por muitos anos» com a iniciativa, não fosse esta uma das raças caninas mais genuínas e antigas da Península Ibérica.

Patrícia Correia

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