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O vilão

Bilhete Postal

Subiu a rua com arma no bolso de trás. Trazia o destino deles desenhado. Mal ouviu o sr. Bom-dia desferiu-lhe um tiro na nuca. Depois a srª. Boa-tarde pôs-se aos gritos e mandou-a calar. Não a quero a si. Quero o amigo do Bom-dia. Quero a Jasmin. Ela gritava sem parar e morreu da segunda bala disparada à queima-roupa. Foda-se! que não te podia ouvir. O Jasmin ouvindo os gritos apareceu com a espingarda do tio nas mãos e caiu do terceiro disparo, sem abrir a boca. Pegou na arma quente e colocou-a no passeio. Com as mãos nos bolsos desceu a encosta e foi devagar até à esquadra da polícia. O Jasmin e o Bom-dia entraram na casa da minha mãe e roubaram, destrataram e maltrataram minha irmã. Eu fui ao juiz mas a polícia não tinha prova. Andavam aí a gabar-se e a preparar outro assalto e Boa-tarde não vos dizia nada. Eu cansei e vim com a “fusca” que deixei no passeio e fui lá disparar neles. Acho que os matei. Entra Jorge Má Notícia e diz para o chefe que há duas poças de sangue ali perto, mas os corpos não estão. A arma do passeio desapareceu também. Sem corpos e sem arma aqui não morreu ninguém. Desceu a rua com as mãos nos bolsos de trás.

Por: Diogo Cabrita

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