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O que valeu mesmo foi o golo

Aguiar da Beira venceu Trancoso pela margem mínima num fraco espectáculo

Na abertura do campeonato distrital da Guarda, Aguiar da Beira e Trancoso proporcionaram um mau espectáculo ao muito público que marcou presença no Campo Dr. Matos Cid. O jogo foi tão mau que seria muito difícil formar uma boa equipa com os 22 jogadores que estiveram em campo em Aguiar da Beira.

A jogar em casa, a equipa que desceu da IIIª Divisão Nacional, e até porque os jogos entre o Aguiar e Trancoso são normalmente considerados “derbys” pela rivalidade de há muitos anos, poderia ter encarado este jogo como uma desforra da derrota ali sofrida na época em que foi campeão distrital. É que há dois anos o Trancoso foi a única equipa a ganhar ao Aguiar da Beira. Contudo, nada disso aconteceu e o jogo foi mau demais para contar, pois não tem “ponta” por onde se pegar. Abundaram as jogadas mal executadas, com os jogadores a tentarem individualmente resolver o que não podia ser resolvido, excepção apenas para uma ou outra jogada mais vistosa de ambas as partes. Por isso, o empate seria o resultado que mais se aceitaria nesta partida. Só que Nuno Sena, aos 42’, numa das jogadas mais interessantes dos locais, marcou o golo que fez a diferença. O jogador surgiu nas costas da defesa trancosense e, após centro de um companheiro, rematou certeiro na grande área sem hipótese de defesa para Sampaio.

Entretanto, o Aguiar da Beira, que teve fases em que controlou o jogo, mas sem discernimento, ainda foi incomodado com algumas situações de perigo junto à sua baliza. Através de jogadas de contra-ataque, o Trancoso teve a sua oportunidade de golo mais flagrante aos 80’, com Faísca a surgir isolado no lado direito, mas, só com Carlitos pela frente, levou a bola a subir ligeiramente por cima da trave da baliza caseira. Assim terminaram as esperanças do empate para as hostes visitantes. Quanto ao trabalho da equipa de arbitragem, nada a declarar, a não ser que também deveriam ter ficado em casa, já que, numa pontuação de 0 a 5, levariam apenas um pontinho de consolação.

Pedro Sousa

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