No seguimento das recentes notícias que dão conta do encerramento ou intenção de fusão, reorganização, reestruturação e reformulação de serviços e actividades, o Movimento Cívico da Guarda elaborou, na última semana, uma carta aberta aos autarcas do distrito. O documento apela a que, na qualidade de eleitos nos respectivos concelhos, os edis «façam ouvir a sua voz contra um conjunto de medidas que, se não tiverem por objectivo, têm, pelo menos, como resultado o esvaziamento do distrito». Assim, o Movimento sugere a realização de reuniões extraordinárias do órgão a que cada autarca pertence, por considerar ser importante «unir esforços à volta da realidade distrital». A saúde, a educação, a justiça, a segurança e o emprego são áreas «relativamente às quais o Governo tem anunciado profundas alterações. Tudo em nome da racionalização dos recursos humanos, contenção de recursos financeiros, falta de condições e do saneamento das finanças públicas», afirma. Em causa está o encerramento ou extinção das escolas e jardins de infância, organismos públicos, tribunais, autarquias, maternidades e «Serviços de Atendimento Permanente» (SAP). Por tudo isto, o Movimento Cívico vem agora dizer que «o distrito da Guarda não é só números», sendo também «pessoas que devem merecer a mesma dignidade, solidariedade e o mesmo tratamento social e humano», acrescentando que «as decisões não podem apresentar como fundamento meras razões de carácter economicista». Por outro lado, o Movimento elaborou um outro documento, relativo ao Hospital Sousa Martins e à Maternidade, que foi entregue ao Governo Civil da Guarda, com o intuito de ser incluído para debate na agenda de trabalhos da reunião entre os Governadores Civis e o Ministro da Saúde realizada no passado dia 16.