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O dia seguinte

Terminadas mais umas eleições legislativas, a realçar o facto de, apesar de todas as sondagens o indicarem, a abstenção voltou a subir e ganhou com maioria absoluta!

A coligação “Portugal à Frente” foi o grande vencedor destas eleições e apesar de 4 anos, muitos difíceis, a maioria dos Portugueses deu a indicação inequívoca que quer continuar com esta governação; MAS sem maioria ou seja AGORA começamos um novo tempo. Haverá muitas negociações, a começar pela votação para o novo Presidente da Assembleia da República que ao que tudo indica será da área socialista. O PS terá de obrigatoriamente reflectir profundamente no fracasso destas eleições; mas isso ficará certamente para março ou abril!

A responsabilidade de Pedro Passos Coelho, Paulo Portas e António Costa aumenta exponencialmente agora porque os portugueses pedem estabilidade, mas obviamente cedências de parte a parte.

Esperamos, creio eu, que estes três líderes estejam à altura dos acontecimentos.

O Bloco de Esquerda e Catarina Martins foram outros grandes vencedores da noite; no entanto, no seu primeiro discurso veio logo dizer (como se alguém ainda duvidasse) que seria contra qualquer acordo! É pena e parece que o BE não aprendeu nada com o Syriza! Nas restantes democracias europeias há acordos de governo com 2, 3 e mais partidos em razão de um bem maior a estabilidade política e o bem-estar das populações.

Uma palavra para o PAN que conseguiu eleger um deputado! É sempre positiva a diversidade de opiniões! Já com as Presidenciais em vista, Marcelo Rebelo de Sousa (que será, ao que tudo indica, o novo Presidente da República) terá muito trabalho de negociação entre a coligação e o PS. E, de facto, precisamos de um Presidente com essa capacidade e também com maior proximidade às pessoas!

Um lamento: No dia da Implantação da República o nosso mais alto magistrado não comparece nas comemorações! Pode ter as razões que tiver mas creio que a maioria dos portugueses não entende isto!

Portugal precisa de estabilidade política para prosperar e agora entramos num novo tempo. O Tempo dos Políticos!

Por: Rodolfo Quierós, enólogo e diretor técnico da Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interio

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