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O Bush ganhou. E então?

Saliências

E se fossem só as raivas e os medos?

Pasteis de sentimentos,

Misturando frustrações, ilusões, mitos e heróis.

Um espaço onde tombam paixões

Onde cego no desengano, vejo

Como se desfazem sonhos de vida,

Como se desatam nós eternos,

Como se desmembram abraços

Há uma entrega, uma fé perdida na derrota,

Um investimento crónico, uma ilusão

Uma família desfeita, uma herança d’ódio

Uma caminhada de encruzilhadas,

Afastamentos.

Mas não é só disso que se trata.

Na eleição alternam faces, cruzam propostas,

Tombam uns por vez de outros

Semeiam-se venturas e crescem delírios

Agora há raivas, medos, desenganos

Uns apoucados outros deslumbrados

Nos lugares que depois se invertem com dor.

São dias fascinantes

Aqueles onde a vida se descontinua.

Afinal sempre que há mudança, há medos

Há raivas e desventuras. Mas se não há

Alternam-se os mesmos sentimentos noutros retratos.

E dizem o mesmo, sonham grandezas

Comem venenos, destilam azedo.

As eleições são como os jogos, os casamentos,

Os compromissos todos. São encanto e desatino

São sacrifícios e delírios.

Nada mais…

Por: Diogo Cabrita

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