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Nem o frio e o vento evitaram a “condenação” do galo

“Entrudo e Julgamento do Galo” voltou a atrair várias centenas de pessoas às ruas da Guarda na noite do último domingo

Realizado um dia mais cedo do que o costume, o “Entrudo e Julgamento do Galo” voltou a ser presenciado por muita gente que não se assustou com a noite gélida e não quis perder pitada do desfile de carnaval que animou a cidade da Guarda no último domingo. A “política da rolha” esteve no centro de todas as discussões do cortejo que começou na Praça do Município e teve o seu ponto alto na Praça Velha. A generalidade dos espetadores ouvidos por O INTERIOR ficou agradada com o desfile e espetáculo comunitário de expiação, que contou com a participação de cerca de 500 pessoas de coletividades do concelho.

“Imune” ao frio, o casal Maria João Beirão e Antero Guerra é já uma presença assídua no desfile que nos últimos anos tem animado a Guarda e «tem a sua piada por não ser um carnaval à brasileira». A jovem considera que «há que investir e divulgar mais para trazer mais pessoas» à cidade e mostrou-se favorável à decisão de antecipar a iniciativa num dia, pois «por se realizar no domingo permitiu-me vir mais cedo». O seu companheiro acrescenta que, «normalmente, quando chegamos já estão na Praça Velha, este ano viemos um bocadinho mais cedo mas parece que há bastante mais gente e o tempo também ajuda, já que nos últimos anos tem estado mau tempo».

Outro espetador atento ao desfile foi Duarte Gonçalves, que assistiu ao “Julgamento do Galo” pelo quarto ano consecutivo, considerando que esta é «a melhor tradição que a Guarda tem e deve continuar a manter». Este jovem de Valhelhas sustenta que «a verdadeira tradição é o que promove a cidade», considerando que este ano houve «menos gente na rua do que o ano passado talvez devido ao frio, mas mesmo assim penso que está uma boa assistência». Também Clara Fernandes pensa ter havido «mais gente» no ano passado, mas o programa «era diferente» e no domingo o tempo «também não ajudou», pois estava «muito frio». Contudo, a jovem guardense considera que esta «é uma tradição que não se devia perder», defendendo que a Guarda «devia ter mais iniciativas como esta».

Outro jovem da Guarda que assistiu ao desfile foi Pedro Reis, para quem esta tradição carnavalesca é «ótima para a Guarda e para o comércio local». Já perto da meia-noite, apesar de ainda se ter tentado defender, o galo não evitou ser condenado e acabou mesmo queimado.

Ricardo Cordeiro A “política da rolha” esteve no centro de todas as discussões

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