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Municípios querem IC’s da Serra na agenda dos fundos comunitários

Construção do IC6, IC7 e IC37 está congelada desde 2010 devido à crise financeira

Os municípios de Seia, Gouveia e Fornos de Algodres, no distrito da Guarda, e de Nelas e Oliveira do Hospital, nos distritos de Viseu e Coimbra, respetivamente, reiteraram recentemente junto do Governo a «necessidade urgente» de execução e conclusão dos eixos rodoviários IC6, IC7 e IC37 na corda da Serra da Estrela. O objetivo é conseguir que estas vias sejam incluídas nas candidaturas ao próximo Quadro Comunitário de Apoio (QCA).

A reivindicação foi feita no início do ano através de um documento conjunto, dirigido ao secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, numa altura em que o Governo tem constituído um grupo de trabalho no sentido de hierarquizar os investimentos públicos para o país passíveis de integrarem a lista de projetos a poderem ser financiados por fundos europeus. Par tal, os signatários sustentam que estas estradas são «fundamentais» para o desenvolvimento da região e recordam que aquele governante declarou, «numa ação de campanha eleitoral, em declarações públicas, que iria ser dada prioridade aos acessos principais à Serra da Estrela, ainda que de forma faseada». Em setembro de 2010, a Estradas de Portugal (EP) aprovou o estudo prévio dos traçados das vias previstas na concessão Serra da Estrela. A saber, o IC6, entre Tábua/Oliveira do Hospital (IC7) e a Covilhã (A23); o IC7 – Oliveira do Hospital (IC6)/Fornos de Algodres (A25) e o IC37 – Viseu (A25)/Seia (IC7). Foi mais uma decisão favorável ao dossier das acessibilidades na corda da Serra, que também já têm declarações de impacte ambiental favoráveis, embora condicionadas.

O que continua a faltar é a abertura dos concursos para os projetos definitivos e respetivas empreitadas, com o Ministério da Obras Públicas a repetir nos últimos anos que este investimento está «congelado» devido à crise. Esperados há mais de 30 anos na região, estas estradas são tidas com necessárias para melhorar as acessibilidades internas na corda da Serra e «incrementar todo o potencial de desenvolvimento e de empreendedorismo turístico, industrial, agro florestal e dos serviços da região».

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