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Mudanças radicais, discursos pouco funcionais

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1- Os israelitas invadem a faixa de Gaza depois de contínuo lançamento de rockets e do assassinato de três adolescentes (tão inocentes como os da Palestina). Israel é uma nação democrática onde há eleições e livre expressão nos media, onde as mulheres têm iguais direitos e deveres que os homens e são inclusivamente soldados. Nada disto é verdade na Palestina, onde a intolerância religiosa e o radicalismo fomentam um discurso anti judeu, uma repressão ao vestuário das mulheres, um condicionalismo ancestral aos direitos das mulheres, a ideia doentia de que a morte liberta e, portanto, morrer pela causa é heroísmo. Corro o risco de desagradar a muitos mas: neste contexto prefiro Israel e a sua força militar que vai permitindo a existência do Estado. Israel seria eliminada se o radicalismo islâmico pudesse. Vejam-se os exemplos dos novos radicais no Irão e dos novos radicais do Iraque. Ali, nos califados da escuridão, é erradicada a cristandade, erradicado o direito como o preservamos no Ocidente e compulsivamente construída a sociedade de um livro único. Não consigo perceber a esquerda que se aventura na defesa das sociedades fechadas, dos radicalismos intolerantes e, simultaneamente, defende as minorias e os direitos individuais. Não percebo e até me cheira a doença intelectual da nova hipocrisia dos discursos politicamente corretos. Defendo o direito das mulheres à decisão total e completa. Defendo o fim da força bruta. Defendo o princípio da tolerância com a garantia musculada de que a democracia prossegue e a liberdade não se perde.

2- A crise europeia vai intensificar-se com a situação da Ucrânia. O radicalismo de Putin e as sanções são um caminho que define fronteiras para as posições russas na Europa. Mas a incoerência desvanece a força das fronteiras como se elas pudessem ser traçadas com correntes de vento. Assim, a Ucrânia vai ser um lugar de conflito e a Europa vai aproximar-se do radicalismo dos anos que antecederam a segunda Grande Guerra. Preocupa-me muito ver os refugiados de um país de 45 milhões a aumentarem. O êxodo do medo vai criar mais campos de refugiados e o perigo de mais inocentes morrerem está a crescer.

3- As agências influenciam a economia? De modo inegável é verdade que as economias dependentes de bolsas de valores são dependentes de avaliações que colocam e retiram do lixo os países. A nossa dívida ao reduzir o seu valor de juro perde em quantidade de valor total imenso volume. Uma percentagem enorme que agora devemos é juro da dívida contraída. Foi bom ver juros a descer para valores históricos. Nenhuma esquerda pode ter dúvidas disto.

Por: Diogo Cabrita

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