Pela primeira vez, a escadaria da Sé Catedral vai ser o palco de uma passagem de modelos. No sábado à noite, as tonalidades e os ritmos da moda vão colorir a Praça Velha, numa festa promovida pela Associação Comercial da Guarda (ACG), e que conta com a presença de manequins de topo nacional, como Diana Pereira e Miguel Teixeira.
O desfile está inserido no âmbito do projecto Urbcom, qual chega ao fim com a realização desta iniciativa. Este programa teve por objectivo dinamizar e desenvolver o tecido comercial do distrito, através do qual «já se concretizaram uma série de projectos» que permitiram reabilitar e modernizar diversas lojas, refere José Carlos Santos, vice-presidente da direcção da ACG.
A partir das 22 horas, na escadaria da Sé Catedral, vão desfilar Diana Pereira, vencedora do concurso Elite Model Look, em substituição de Evelina Pereira, que por motivos de saúde não pode comparecer, mas acompanhada por Miguel Teixeira e mais dez manequins profissionais. «No fundo, a ideia era envolver os comerciantes locais no projecto», os quais aderiram de imediato à iniciativa, sublinha Joana Camões, da Celeuma, empresa de comunicação que está a coordenar todo o projecto do Urbcom. Tendo em conta que esta é uma época «complicada», por causa dos saldos e das mudanças de colecção, «a adesão dos comerciantes até foi bastante boa», acrescenta. No entanto, espera-se já mais um maior envolvimento dos estabelecimentos comerciais se o evento se repetir no próximo ano, confia Joana Camões. Apesar de todas as condicionantes, os manequins vão ser vestidos pela Rouparigas, Rittus Modas, Egoísta e Nova Era, com acessórios da Ourivesaria Jodi e Parfois, sendo penteados pelo cabeleireiro Zé Manuel, enquanto o restaurante oficial do evento é o Soda Caústica.
Como a moda é também uma arte e os grandes desfiles, nomeadamente em Itália, passam junto a monumentos com grande valor arquitectónico, «achamos que a Sé traduz essas características», sendo por isso o sítio ideal para realizar este evento, explica José Carlos Santos. Nesse sentido, a autorização para o acontecimento decorrer naquele espaço religioso, classificado como Monumento Nacional, até «foi fácil», garante, adiantando Joana Camões que o IPPAR, dado ao relevo cultural da iniciativa, «não colocou qualquer entrave».