O atual Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda tem os dias contados.
O INTERIOR apurou que o ministro da Saúde procura uma nova equipa há algumas semanas e já tem alguns nomes em cima da mesa para substituir Carlos Rodrigues (presidente do CA), Gil Barreiros (diretor clínico), João Marques (enfermeiro-diretor) e Flora Moura (vogal executiva), que estão quase a perfazer um ano de mandato. É que a atual administração hospitalar iniciou o mandato a 2 de fevereiro de 2015, após o anterior CA, presidido por Vasco Lino, ter cessado funções a 31 de dezembro do ano anterior. Dessa administração foram reconduzidos Gil Barreiros, João Marques e Flora Moura, enquanto Vasco Lino transitou para o Centro Hospitalar da Cova da Beira, sendo substituído por Carlos Rodrigues. Já a diretora clínica Fernanda Maçoas pediu para regressar ao serviço de gastrenterologia do Hospital Sousa Martins.
Praticamente um ano depois do despacho de nomeação assinado pelo ministro Paulo Macedo, o seu sucessor quer pôr ordem na ULS guardense confrontado que foi pelos polémicos concursos para auditores e pelos casos mal explicados da ressonância magnética e dos broncofibroscópios. Ao que O INTERIOR apurou, o gabinete de Adalberto Campos Fernandes já iniciou os contactos e estará a analisar três nomes para presidir ao próximo CA. Segundo O INTERIOR apurou, na mesa do Ministro da Saúde estarão os nomes de três médicos: Isabel Coelho, atual coordenadora da USF “A Ribeirinha”, João Correia, diretor do serviço de medicina, e Fernando Girão, médico no centro de Saúde de Vila Nova de Foz Côa e primeiro presidente do CA da ULS aquando da sua criação.
O regresso de Fernando Girão tem sido visto «como natural» por alguns setores do partido e até internamente na ULS, uma vez que lhe é reconhecido um papel importante no arranque do projeto de requalificação do Hospital da Guarda, segunda fase incluída. Contudo, as quezílias com alguns elementos do corpo clínico não lhe serão favoráveis. Será também a experiência de Isabel Coelho na direção da extinta Sub-Região de Saúde da Guarda e na coordenação da unidade de saúde familiar “A Ribeirinha”, além de alguma “afinidade” com o PS, que poderá motivar a escolha. No caso de João Correia, que atingiu o topo da carreira, tem sido um nome recorrente para a direção clínica, função que sempre rejeitou. Mas desta vez, o médico terá sido abordado para a presidência do CA. Por sua vez, David Coutinho, enfermeiro especializado na área da psiquiatria e saúde mental no Hospital Sousa Martins, tem sido apontado para enfermeiro-diretor.
Luis Martins