As listas de colocação de professores dos ensinos básico e secundário já estão concluídas e começaram a ser disponibilizadas para consulta na Internet ao final da tarde da última terça-feira. A sua divulgação aconteceu dois dias antes da data prevista pelo Ministério da Educação (hoje), após sucessivos adiamentos. As listas referem-se aos concursos para destacamentos, afectação e contratações e os docentes, respeitando, segundo uma nota do ministério, «escrupulosamente» o decreto-lei 35/2003 que regulamenta o concurso para o recrutamento de professores. Ainda segundo a tutela, serão brevemente disponibilizadas para consulta nos locais habituais (Direcções Regionais, escolas e Centro de Informação e Relações Públicas do ministério), em suporte de papel, as listas ordenadas de candidatos admitidos, excluídos, colocados e não colocados. Sofia Monteiro, dirigente do Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC) na Guarda, já disse esperar que estas listas «sejam as definitivas, para que o ano lectivo comece finalmente». Já a ministra da Educação assegurou, ao princípio da noite de terça-feira, que estão reunidas as condições para que todas as escolas estejam em actividade no primeiro dia de Outubro. Em conferência de imprensa, Maria do Carmo Seabra admitiu que ainda possam existir erros, mas sublinhou que não serão em «número significativo». «Não tenho conhecimento de nenhuma queixa que tenha consistência, mas penso que não há nenhum sistema completamente invulnerável à falha», explicou a ministra. Aconselhou, de resto, todos os docentes a «apresentarem as suas queixas» e relembrou que está em curso o processo para «apurar as responsabilidades pelo atraso ocorrido». Maria do Carmo Seabra disse ainda que a comissão independente de três elementos que analisará o processo tem 45 dias para apresentar resultados, sendo que as «responsabilidades serão atribuídas consoante o resultado desse inquérito». Por outro lado, a ministra adiantou ter já solicitado à Inspecção-geral da Educação que desenvolva as «diligências necessárias ao apuramento da razão para o número elevadíssimo de professores» que invocou doença para beneficiar de prioridade na colocação. «Esta situação suscita-nos as maiores reservas e pode pôr em causa a moralidade do sistema. Tudo faremos para esclarecer a verdade», anunciou, garantindo que estes problemas não sucederão no próximo ano.
