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Menor violado na Sequeira

Pais preocupados e alunos com medo após um jovem de 13 anos ter violado um colega de 10 nas imediações da Escola Carolina Beatriz Ângelo

Há cerca de dez dias, um aluno de 13 anos terá alegadamente violado um menino de 10 anos perto da Escola Carolina Beatriz Ângelo, na Sequeira (Guarda), enquanto uma terceira criança, de 14 anos, terá filmado com o telemóvel o sucedido. Os pais da vítima já terão apresentado queixa na Polícia Judiciária, o que aconteceu antes de recorrerem à urgência pediátrica do Hospital da Guarda. Entretanto, o caso já estará nas mãos do Ministério Público para investigação.

O sucedido tem merecido os mais diversos comentários e causado algum alarme entre encarregados de educação dos alunos daquela escola, pois, num primeiro momento, temia-se que tudo acontecera nas instalações escolares. No entanto, Teresa Correia, coordenadora da Carolina Beatriz Ângelo, desmente dizendo que «no recinto da escola não aconteceu nada». Ainda assim, em declarações a O INTERIOR, o presidente do Agrupamento de Escolas da Sé confirma já ter conhecimento de que «houve qualquer coisa, mas creio que foi fora da escola». Pese embora poucas pessoas queiram falar sobre o caso, um encarregado de educação, que pediu anonimato, adiantou a O INTERIOR que o abuso poderá ter acontecido «numa casa abandonada na zona da Sequeira», nas imediações do estabelecimento escolar, e que já «todos na escola sabem que um aluno fez mal a outro».

Ainda segundo a mesma fonte, «o aluno mais velho é um miúdo problemático». Incrédulo, este pai não consegue perceber se a direção da escola «está a tentar defender e proteger a criança violada ou a querer esconder o sucedido para não ter de tomar medidas em relação ao presumível agressor». Este encarregado de educação mostra-se preocupado, pois o seu filho está «na turma da vítima e isto pode prejudicar as atividades escolares dele e de outras crianças», além de provocar «um ambiente negativo e estigmatizador» em torno daquele aluno. O diretor do Agrupamento tem estado ausente por motivo de doença, mas garantiu que esta quinta-feira [hoje] vai falar com a coordenadora da Carolina Beatriz Ângelo aproveitando a reunião com os coordenadores das várias escolas do Agrupamento.

Por sua vez, o encarregado de educação que aceitou prestar declarações a O INTERIOR revelou ainda que o filho relatou que a turma terá sido «preparada com alguns conselhos» para o regresso do colega. Este pai, embora compreenda tratar-se de «um caso muito sensível», lamenta que a escola ainda não «nos tenha chamado para uma reunião sobre o assunto, porque para falarem com crianças de 10 anos estas deviam estar acompanhadas pelos pais», critica. E avisa que «é um caso que não está, nem pode estar, esquecido. Se ninguém fizer nada então denuncio-o eu mesmo às autoridades competentes», afirma, acrescentando não aceitar que o seu filho e outros alunos tenham de conviver com problemas como estes.

O INTERIOR contactou o Departamento de Investigação Criminal da Polícia Judiciária (PJ) da Guarda, que remeteu declarações para o coordenador José Monteiro, que se encontrava ausente da Guarda. Já o gabinete de relações públicas da Unidade Local de Saúde da Guarda recusou prestar qualquer informação remetendo para a diretora clínica Fernanda Maçoas, com quem não foi possível falar até ao fecho desta edição.

Aluno terá sido vítima de colega mais velho nas imediações da escola

Comentários dos nossos leitores
lisete lisetemorgado@live.com.pt
Comentário:
Ainda bem que retirei a minha filha dessa maldita escola… Que não recomendo a ninguém.
 

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