A Maternidade do Hospital Distrital da Guarda esteve encerrada na sexta-feira da semana passada e na última segunda-feira devido à falta de médicos pediatras, o que provocou a transferência de pelo menos três grávidas para o Centro Hospitalar Cova da Beira, na Covilhã. José Cunha, director clínico do Sousa Martins, afirmou que «por não haver a garantia de termos médicos pediatras, os partos e os momentos próximos do parto decorrerão no hospital que connosco está articulado há algum tempo que é o Centro Hospitalar da Cova da Beira».
Actualmente, há cinco especialistas de pediatria no Hospital da Guarda, mas o facto de uma das médicas só trabalhar dia e meio por semana e de outra estar a fazer formação, leva a que os problemas no serviço voltem a fazer-se sentir. Este encerramento da Maternidade do Hospital da Guarda surge cerca de dez meses depois da abertura da Urgência Pediátrica, uma secção que esteve inactiva durante vários anos devido à falta de médicos pediatras. Em Abril do ano passado, a Urgência Pediátrica ficou a funcionar nas instalações do Serviço de Atendimento Permanente (SAP), que se encontrava provisoriamente deslocado para alguns gabinetes situados à entrada da Urgência central. A Urgência Pediátrica funciona 24 horas/dia, sendo cada equipa formada por dois médicos – um de clínica geral e um pediatra – dois enfermeiros experientes em pediatria e uma empregada auxiliar. À entrada é feita uma triagem por uma enfermeira que faz uma abordagem inicial. As crianças seguem para o médico de clínica geral que, mediante o grau de gravidade, as encaminha para um hospital central, neste caso o Hospital Pediátrico de Coimbra, ou para o serviço de urgência propriamente dito, onde são observadas pelo médico pediatra. O serviço dispõe ainda de uma sala de repouso e observações onde os pequenos, até aos 14 anos, ficam num internamento de curta duração por um período de 24 horas, seguindo depois para alta hospitalar ou para o serviço de pediatria.
