Mário Patrão só cumpriu um dos seus objetivos para o Rali Dakar deste ano. O piloto de Paranhos da Beira (Seia) terminou a prova no mesmo lugar (30º) do ano passado, quando se estreou na competição de todo o terreno mais dura do mundo.
Mas não foi por falta de empenho que o hexacampeão nacional da modalidade chegou mais longe. Problemas mecânicos e uma penalização de duas horas na primeira semana deitaram por terra as suas aspirações a uma classificação melhor. Na quinta-feira, o único representante da Suzuki perdeu uma hora a concertar o guiador partido da mota e já não conseguiu entrar nos “top 25” final ao terminar no 50º lugar da etapa. No dia seguinte, Mário Patrão voltou ao seu melhor e foi 18º da penúltima tirada. No último dia do Dakar, a organização decidiu inverter a ordem de partida dos concorrentes e comprometeu os objetivos finais do senense. Apesar deste contratempo, o piloto terminou na 17ª posição em Valparaíso e segurou o 30º lugar da geral. «Este ano queria melhorar o lugar do ano passado, acabei por igualá-lo, mas fiz boas etapas, apesar dos contratempos. Andei muito tempo em luta pelos quinze primeiros, o que mostra que com melhores condições e mais experiência é possível fazer um grande Dakar», declarou Mário Patrão no final.
O piloto agradeceu o apoio dos seus patrocinadores, família e equipa de assistência – com destaque para o mecânico Elias Rodrigues –, garantindo ter lutado «todos os dias com os meios que tinha ao meu alcance para fazer mais e melhor, a sorte não esteve do meu lado, mas sei que tive muita gente comigo». De resto, o campeoníssimo português de todo o terreno foi o único representante da Suzuki, dos cinco pilotos em prova, a chegar ao fim. O Rali Dakar partiu da cidade argentina de Rosário no dia 5 e terminou em Valparaíso (Chile), depois de uma incursão pela Bolívia.
