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Maria Lalande

Efemérides

Foi no dia 22 de março de 1968 que morreu, em Lisboa, Maria Adelaide Lalande.

Tinha nascido em Salgueiro do Campo (Castelo Branco) a 7 de novembro de 1913.

Com 13 anos de idade matriculou-se no Conservatório de Lisboa, onde fez os cursos de Teatro e Bailado, tendo obtido o 1º prémio quando terminou o curso de teatro. Ainda aluna, estreou-se no Teatro Trindade na peça “A cova da Piedade”, contracenando com a distinta atriz Adelina Abranches. A sua estreia profissional ocorreu em 1931, no Teatro Nacional D. Maria II, interpretando “Romance”.

No cinema, ainda mudo, integrou o elenco de “Lisboa” (1930) e “Campinos” (1932). Já na era do sonoro teve interpretações em “A Rosa do Adro” (1938), “Fátima, Terra de Fé” (1943) e “Não Há Rapazes Maus” (1948).

Mas a sua grande paixão é o teatro, e a ele se dedicou, tendo ganho o epíteto de “a ingénua dos palcos”. Passando por várias salas, como os teatros Variedades, Maria Vitória e Vilarett, já no Teatro S. Carlos fez o “Auto da Alma”, de Gil Vicente, com encenação de Almada Negreiros. Os êxitos continuaram com as interpretações nas peças “Casa das Bonecas”, “A Dama das Camélias”, “Electra e os Fantasmas”, “O Caso do Dia” e “Pigmalião”. Nesta contracenou com Francisco Ribeiro (Ribeirinho), com quem viria a casar e a fundar “Os Comediantes de Lisboa”, que apresentaram um vastíssimo e aplaudido reportório.

A sua última aparição foi em “António Marinheiro”, peça de Bernardo Santareno (1966). Foi figura de primeiro plano no teatro português contemporâneo. Ao longo da sua brilhante carreira recebeu os prémios Eduardo Brasão e Lucília Simões.

Por: Américo Brito

Maria Lalande

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