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Manuel Rodrigues decisivo em Pinhel

Livre do médio figueirense garantiu três pontos e o quarto lugar da geral para o Ginásio

Num jogo carregado de algum simbolismo pelo regresso de Paulo Baptista a uma casa que ele bem conhece e onde trabalhou muitos anos (inclusive na III Divisão) com o “mister” Zé Vaz, mas também pela “troca” de camisolas nesta época de muitos dos intervenientes, esperava-se uma partida mais viva, atractiva e aguerrida. Mas não, nada disso aconteceu no Campo Astolfo da Costa.

Muito por culpa – digo eu – dos nervos. É que este é sempre um jogo especial e um desafio entre rivais. Mas vamos por partes. Numa partida de nervos, muito táctica e disputada no miolo do terreno, a primeira parte teve um maior ascendente dos da casa – como lhes competia -, com José Vaz a tentar resolver a contenda bem cedo apontando a artilharia à baliza de Bruno. No lado oposto, Bruno Coutinho – ex-colega do guarda-redes em Figueira – estava em tarde não, já que ele e os seus companheiros dispuseram neste período das melhores oportunidade para fazer balançar as redes. O Ginásio, por sua vez, com a retaguarda bem defendida, lá foi tentando, a espaços, contrariar, mas sem qualquer efeito. A batalha a meio campo estava renhida e cedo se percebeu que o jogo seria decidido por pormenores. Foi o que aconteceu. Restava só saber se esse pormenor viria dos pés do “estonteante” Patoilo, em mais uma das suas arrancadas de suster a respiração, ou dos pés de um exímio marcador de livres directos, o figueirense Manuel Rodrigues.

Se a primeira parte não tinha despertado grande interesse, a segunda perdeu algum após o golo. Estavam apenas decorridos alguns minutos quando Manuel Rodrigues abriu o manual e “ensinou” como se marca um livre directo “sem espinhas” e, provavelmente, sem defesa possível. Aliás, houve logo quem comentasse que estava ali o novo “abono de família” dos figueirenses. É que já são três ou quatro jogos decididos por Manuel Rodrigues na conversão deste tipo de livres. Com esta vantagem dos visitantes, a luta a meio campo intensificou-se forçando ambos os técnicos a refrescar o respectivo sector, com vantagem para os Pinhelenses que intensificaram a pressão sobre o Ginásio. Contudo, a muita luta a meio campo traduziu-se em poucas jogadas junto às balizas. O golo de Manuel Rodrigues acabou por ser suficiente para garantir ao Figueirense mais três pontos num campo difícil, mas o empenho dos locais era merecedor do empate. O Figueira está agora no quarto lugar da tabela, enquanto os Pinhelenses necessitam rapidamente de pôr termo a esta série negra de resultados. O trio de arbitragem não complicou.

Carlos Coelho

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