Manuel Frexes, presidente dos Autarcas Sociais Democratas, disse, na passada terça-feira, que é a favor da realização de eleições directas no PSD antes de um congresso extraordinária.
«Temos um candidato assumido, Pedro Passos Coelho, e não há nenhum salvador porque não estão marcadas eleições» declarou o também presidente da Câmara do Fundão, acrescentando que «se forem marcadas, alguém tem que aparecer». «Isso seria mais importante que um congresso extraordinário, face ao qual não tenho nada contra, mas acho que não vai resolver nada”, disse ainda Manuel Frexes.
O autarca fundanense junta-se, assim, às vozes de outros presidentes de Câmara da região que já vieram defender o mesmo, como Carlos Pinto, da Covilhã, Júlio Sarmento, de Trancoso, ou António Edmundo, de Figueira de Castelo Rodrigo – os primeiros a virem a público apelar à realização de directas.
Também Álvaro Amaro, líder da distrital do PSD da Guarda, entende que esta é a melhor solução, propondo a realização de um congresso nacional dividido em duas partes, separadas no tempo, com a primeira a ser destinada às eleições directas. Álvaro Amaro entende que o conselho nacional do partido devia reunir «logo no início do ano para marcar o calendário» para eleição dos novos órgãos. O edil de Gouveia sustenta que esta primeira fase deveria decorrer no fim-de-semana imediatamente a seguir à votação do Orçamento de Estado na generalidade, devendo os candidatos apresentar logo nesta parte as suas moções de estratégia. Para este edil, esta solução acabaria com a «bizarria» que surgiu em torno do assunto.
Quinze dias após as directas, Álvaro Amaro sugere que seja realizada «a segunda parte do congresso com a eleição dos órgãos nacionais» do PSD. «Seriam dois momentos altos de afirmação do PSD e, dessa forma, se acabaria com esta bizarria de se andar a discutir o congresso A e o congresso B e tudo estaria terminado até 15 de Maço», defende.
