Numa tarde ótima para a prática do futebol, o Municipal de Seia foi palco de mais uma jornada do Distrital em que a equipa da casa, à procura de melhores resultados para uma possível manutenção, recebeu o Manteigas, que ainda luta pela subida.
O Seia FC entrou muito nervoso no jogo, como demonstrou o guardião Alex em duas ou três intervenções. Com o passar dos minutos, os nervos acalmaram e os senenses deram mostras de querer discutir a partida, com o seu futebol mastigado e de passe curto a conseguir baralhar o meio-campo dos visitantes, que tardaram a acertar marcações. O futebol era repartido pelos dois meio-campos, descendo o Manteigas com mais perigo à defesa contrária. Contudo, aos 23’, Quelhas desferiu um remate forte da meia esquerda e Alex nada pôde fazer. Estava inaugurado o marcador no Municipal. O Seia continuou na mesma toada e pode dizer-se que sofreu o golo a frio, já que os visitantes ainda não justificavam esta vantagem. Partiu, por isso, à procura do empate, mas numa infeliz entrada, Raspino, sem qualquer pressão, meteu a mão à bola dentro da área e “ofereceu” o segundo golo aos manteiguenses aos 35’, marcado na transformação do respetivo penálti por Fábio Nogueira.
Mesmo com a diferença de dois golos no marcador, os locais não viraram a cara à luta e Jhonny, à passagem dos 38’, foi carregado na área com o árbitro a assinalar prontamente a marca de castigo máximo. Contudo, Rui falhou, permitindo uma grande defesa a Nuno Morais, que negou a redução justa no placard. Ao terminar a primeira parte, foi David que falhou o 0-3. Após o intervalo, César Fernando deixou Cunha nos balneários e fez entrar Osvaldo para o seu lugar. O atleta entrou bem no jogo, conseguiu alguns equilíbrios, mas mais uma vez a experiência da equipa do Manteigas ditou as regras do jogo e, aos 74’, Ricardo fechou a contagem com o terceiro golo. Com trabalho de arbitragem aceitável, venceu a equipa mais regular e experiente. Contudo, pela réplica e entrega ao jogo, o Seia FC merecia, no mínimo, o tento de honra.
Arlindo Marques