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Mais rochas com gravuras descobertas na foz do Côa

Centro Nacional de Arte Rupestre inventariou este ano 150 novos achados

Cerca de 150 novas rochas com gravuras do Paleolítico e Idade do Ferro foram descobertas este ano na foz do rio Côa pelo Centro Nacional de Arte Rupestre (CNAR), segundo o “Jornal de Notícias” (JN) da passada segunda-feira. Citado pelo jornal, o director do centro, António Martinho Baptista, revela que somente dez das gravuras foram estudadas e 140 destas rochas «são novas e apenas foram inventariadas», um trabalho que está a progredir mais rapidamente devido à contratação de um arqueólogo que se dedica exclusivamente à prospecção. Realçando o valor histórico e patrimonial das descobertas, Martinho Baptista avisa que nenhuma das rochas inventariadas até agora é mediática, porque não apresentam gravuras picotadas. «São todas incisas e não são visíveis para a maior parte das pessoas que não tenha conhecimentos na matéria», adianta. Martinho Baptista explica que algumas das rochas apresentam sobreposição de gravuras do Paleolítico e da Idade do Ferro, considerados os dois períodos mais ricos do Vale do Côa, o que dificulta ainda mais a sua visualização por leigos. O JN afirma ainda que o trabalho de prospecção da arte paleolítica no Côa ocorre durante o dia, mas é durante a noite que o estudo é feito. Este é um método inovador introduzido pelo CNAR, «mais complicado e moroso», mas que, por permitir maiores resultados científicos e técnicos, está já a ser adoptado por investigadores em todo o mundo.

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