O distrito de Castelo Branco, um dos mais atingidos pelos fogos dos últimos anos, vai ser reforçado este ano com mais meios aéreos de combate aos incêndios florestais, cuja época começou oficialmente no passado domingo. Ao todo, são seis os meios aéreos a repartir entre as pistas de Proença-a-Nova, Castelo Branco e Covilhã.
De acordo com Rui Esteves, coordenador distrital do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, «se o dispositivo for semelhante ao dos últimos anos», o distrito contará na denominada “fase Bravo” (de 1 de Julho a 30 de Setembro) com dois helicópteros pesados na pista de Proença-a-Nova, dois helicópteros ligeiros em Castelo Branco e dois aviões ligeiros no aeródromo da Covilhã. Estes últimos estarão operacionais a partir de Junho para vigilância das florestas na “fase Alfa” (até 30 de Junho). Além destes meios aéreos, o distrito contará ainda com duas brigadas helitransportadas de 14 homens cada. Uma equipa que poderá ser «reduzida» consoante a capacidade dos helicópteros, alerta Rui Esteves. «São uma mais-valia para controlar os incêndios logo à nascença», salienta o responsável, adiantando que estes bombeiros obtiveram formação específica para responder «de imediato» aos problemas. «É uma novidade no país e, do total de seis, só o distrito contará com duas», congratula-se Rui Esteves, lembrando que, de Janeiro até agora, a área ardida no distrito é «cinco vezes maior» que no mesmo período em 2004.
«No ano passado registaram-se 50 incêndios contra os 260 fogos ocorridos nos primeiros meses de 2005», diz o coordenador distrital. Números que o fazem encarar a época de risco com «bastante preocupação», ainda para mais num período de seca extrema no país. De resto, o distrito de Castelo Branco vai contar na “fase Bravo” com 40 Grupos de Primeira Intervenção (GPI) e 14 Grupos de Apoio (GAP), bem como um ultraleve para vigilância, resultante de um protocolo entre o Governo Civil e a Vodafone. Para já, haverá apenas 12 GPI distribuídos pelas corporações do distrito e cinco GAP.