Álvaro Amaro e Eduardo Brito convergiram nas críticas ao ministro da Saúde por causa dos problemas causados na Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda pela introdução das 35 horas de trabalho.
Na reunião de Câmara da passada segunda-feira, o vereador socialista disse-se «muito preocupado» com o fecho de camas e o encerramento de serviços e sublinhou que esta situação confirma que «não está tudo bem» na ULS da Guarda, onde «faltam investimento e recursos humanos». Eduardo Brito pediu, por isso, «mais empenho e determinação» ao Governo para resolver a necessidade de investimento na unidade hospitalar guardense. «Precisamos de uma resposta política, que passa por uma visita do ministro à Guarda para se inteirar das necessidades e dos investimentos prementes, como a falta de recursos humanos e o planeamento da segunda fase da requalificação do Hospital Sousa Martins», declarou. Pedro Fonseca, também presidente da Federação PS da Guarda, concordou não sem antes deitar água na fervura: «Os problemas estruturantes da ULS continuam os mesmos de há décadas, não são de agora», sustentou.
O presidente da Câmara foi mais duro ao considerar que a alteração do horário laboral dos enfermeiros para as 35 horas foi «uma irresponsabilidade política» e desafiou a ULS a promover um debate para «defender os interesses do hospital e da Guarda». Álvaro Amaro estranhou mesmo que Isabel Coelho, presidente do Conselho de Administração, tenha dito nas Conferências da Guarda que está tudo bem: «Se está tudo bem, então haveria camas a mais no Hospital Sousa Martins», ironizou o autarca no final da reunião aos jornalistas. Nesta sessão, o executivo anunciou que prolongou por mais um mês a fase de discussão pública da requalificação do Largo da Misericórdia e que vai estudar uma nova localização para o parque de campismo – que entretanto vai ser alvo de obras de requalificação – junto da barragem do Caldeirão. A sugestão foi apresentada pelo socialista Pedro Fonseca.
Na ocasião, Álvaro Amaro anunciou a intenção de estudar a hipótese de demolir as antigas piscinas municipais. «Enquanto não encontramos uma solução para aquilo é preciso dar-lhe alguma dignidade, nem que seja deitando tudo abaixo para ser apenas um parque de estacionamento», justificou o edil.