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Luzlinar nasce no Feital

Nova associação cultural, dirigida por Américo Rodrigues, aposta nas artes experimentais

Chama-se Luzlinar e é a mais recente associação cultural do distrito da Guarda. Com sede no atelier “Temos Tempo”, do Feital (Trancoso), e dirigida pelo actor, encenador e poeta sonoro Américo Rodrigues, a colectividade tem na promoção das artes plásticas e performativas experimentais a sua razão de ser, assumindo ainda como objectivo o estudo e divulgação do património local e regional através de projectos criativos que interajam com a comunidade.

Para tal, a Luzlinar, nome inspirado no poema que Alexandre O’Neill dedicou a Maria Lino, artista plástica, mentora do atelier do Feital, que fundou em 1996, e outra dirigente da novel associação, tenciona realizar acções em toda a região e mesmo a nível internacional. Para já, e até ao final do ano, o grupo vai promover a exposição final do próximo Simpósio Internacional de Arte do Feital, encontro de artes contemporâneas programado para a primeira semana de Setembro na pequena aldeia do concelho de Trancoso. A mostra decorre de 11 a 17 desse mês, dia para o qual está agendado um baile de raiz tradicional animado pelo duo Chuchurumel. Estão também previstas acções de formação na área da voz e da música, como, por exemplo, uma pequena oficina para tocadores de pés de abóbora e outra dedicada ao trabalho de “ressonância energética” da artista Maria Fisahn. A Luzlinar quer também afirmar-se como criadora de espectáculos que cruzem diversas áreas artísticas, anunciando para Novembro um recital de poesia erótica, feito não só de poemas, mas também de desenhos, música e movimento. Um acontecimento que será acompanhado/complementado com um jantar afrodisíaco. Em Dezembro, a pretexto do Natal, haverá uma exposição colectiva e música tradicional.

Entre os mentores da associação, que se dizem inspirados «indelevelmente» pelo trabalho e exemplo de Maria Lino, encontram-se alguns elementos ligados ao grupo de teatro Aquilo, da Guarda, actualmente a passar por um momento conturbado. Trata-se de Américo Rodrigues (presidente da direcção), Élia Fernandes (vice-presidente da Assembleia-Geral), César Prata (primeiro secretário) e António Godinho (relator do Conselho Fiscal).

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