As críticas de Morais Sarmento a José Sócrates não caíram bem junto dos jovens socialistas. Em nota enviada à comunicação social, a JS de Castelo Branco entende os «ataques pessoais» ao líder do PS como a demonstração da «falta de ideias e de propostas concretas para o distrito» por parte do cabeça de lista do PSD, cuja atitude consideram representar o que de «mais infeliz se pode fazer na política», acusa Hélio Fazendeiro, presidente da Federação Distrital de Castelo Branco da Juventude Socialista. Em defesa de José Sócrates, o líder da JS desafia o ministro da Presidência a realizar «um exercício de memória» para «verificar que os três anos de Governo a que pertence representaram para o distrito um retrocesso sem precedentes na sua história», acusou. Segundo Hélio Fazendeiro, os governos socialistas, a que pertenceu Sócrates (entre 1995 e 2002), significaram «o fim do esquecimento crónico a que o distrito parecia estar condenado», com a construção da A23, a Faculdade de Medicina da Universidade da Beira Interior, o Centro Hospitalar da Cova da Beira, o lançamento da modernização da Linha da Beira Baixa, do regadio da Cova da Beira e o gás natural. «Investimentos que o número dois do PSD [Carlos Pinto] considerou, nas últimas legislativas, deverem-se ao empenhamento pessoal de Sócrates», recorda o dirigente, que acusa a coligação PSD-PP de «acabar com a política de discriminação positiva e o investimento público no distrito». O exemplo «mais flagrante» é, para Hélio Fazendeiro, a intenção de colocar portagens na A23. A JS diz-se ainda disponível para promover uma «visita guiada» para Morais Sarmento «conhecer melhor» as obras realizadas na época de José Sócrates e «aquelas que nunca avançaram desde que a coligação está no poder». De resto, a Federação albicastrense considera «o paraquedismo a que o PSD já habituou os albicastrenses um atestado de incompetência aos seus dirigentes distritais e o desprezo completo pelos eleitores».
