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Jovens desafiados a encontrar a “maior árvore” do distrito

Concurso juvenil inédito destina-se a inventariar os maiores exemplares de 10 espécies tradicionais

“Em Busca da Maior Árvore” é o nome de um concurso organizado pela Associação Transumância e Natureza (ATN) para levar os mais novos a descobrir e catalogar os maiores exemplares de uma lista de 10 espécies de árvores autóctones do distrito da Guarda. O desafio está em curso desde 20 de Fevereiro.

O objectivo é referenciar as árvores monumentais, tendo em conta o seu porte, desenho, idade e raridade. Em termos do concurso, são considerados o pinheiro-bravo, o carvalho-negral, o carvalho cerquinho, a azinheira, o sobreiro, o freixo, o amieiro, o castanheiro, o choupo e o ulmeiro. João Leitão, engenheiro florestal e dirigente da ATN, considera «muito importante que os jovem se sensibilizem pela Natureza e que haja também um envolvimento de várias faixas etárias, seja com professores, pais ou amigos». Até agora o balanço é «positivo», havendo já algumas escolas a preparar a inscrição de grupos ou turmas, mas perspectiva-se uma maior adesão «quando chegar a Primavera e um clima mais agradável», espera. Nesse sentido, os jovens com menos de 18 anos podem inscrever-se até 15 de Maio e o júri, composto por três técnicos florestais, premiará os dois melhores exemplares por espécie. Os prémios – uma máquina digital (1º prémio) e uma BTT (2º prémio) – serão entregues no Dia Mundial do Ambiente, a 5 de Junho, em Figueira de Castelo Rodrigo.

Por sua vez, os proprietários florestais dos espécimes vencedores receberão um galardão, enquanto as árvores seleccionadas serão propostas para a classificação de interesse concelhio e público. Posteriormente a associação pretende ainda preparar um dossier de todas as árvores seleccionadas neste concurso, que incluirá um roteiro de visita aos melhores exemplares, procurando assim potenciar o turismo ecológico e a educação ambiental na região. Com esta iniciativa, a ATN deseja valorizar um património de «elevado valor ecológico, paisagístico, cultural e científico que se encontra em grave risco de desaparecimento, após uma série de fenómenos ocorridos, sobretudo, nos últimos 100 anos». A forte deflorestação, os constantes incêndios, o incremento do pastoreio e do cultivo cerealífero, a plantação desadequada de espécies exóticas e, claro, o crescimento urbano, são as principais ameaças. O pinheiro silvestre, o teixo e a faia são exemplos de espécies arbóreas que desapareceram quase na sua totalidade.

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