O Sporting da Covilhã regressou aos bons resultados nas Caldas da Rainha, depois de dois empates para o campeonato e de uma derrota na Taça de Portugal. Os serranos conquistaram assim a segunda vitória fora de portas e chegaram-se para perto da liderança, estando apenas a dois pontos dói primeiro.
O técnico Fernando Pires alterou um pouco o esquema da equipa, voltando Banjai ao centro da defesa e com Cunha no miolo do terreno. Na frente de ataque estavam quatro homens rapidíssimos e que deram muito trabalho à defensiva do Caldas. O Covilhã cedo deu sinais de que não vinha para brincadeiras, jogando sempre ao ataque para chegar à vantagem. E nada melhor para começar que um golo no segundo minuto. Cunha recuperou o esférico no meio campo, lançou Kaká na direita, que cruzou para a grande área onde surgiu Oliveira a desviar para o fundo da baliza. Foi uma entrada de leão, mas não ficou por aqui. A pressão do Covilhã não deixava o Caldas respirar. Cunha teve a segunda oportunidade, mas o remate não atingiu o alvo. Aos 20’, Oliveira também esteve perto de aumentar a vantagem, mas tanto no primeiro remate, como na recarga, não conseguiu concretizar. O sufoco era total e também Kaká tentou a sua sorte para defesa segura de Marco. Aos 34’ surgiu mais uma oportunidade, só que Oliveira, a um metro do poste, rematou contra um defesa. O segundo golo adivinhava-se e surgiu de bola parada. Canto marcado para o coração da área, com Piguita a desviar para o segundo poste e para Banjai finalizar.
O Covilhã baixou então o ritmo, mas nem assim o Caldas rematou. Luís Miguel era um mero espectador. Na segunda parte, o sentido do jogo continuou o mesmo, com os visitantes a massacrarem a área do Caldas. Bastava alguma velocidade e a defesa local não resistia, pelo que as oportunidades foram-se sucedendo. Piguita e Tarantini bem tentaram, mas estavam em tarde azarada, especialmente o central cabo-verdiano que tentou de todas as maneiras marcar um golo. O terceiro tento dos serranos surgiu ao 58’, com Oliveira a bisar. Kaká esteve de novo no passe para o avançado do Covilhã não dar hipóteses a Marco. Até ao final da partida o Covilhã podia ter aumentado a vantagem, mas o Caldas lá conseguiu que os números da derrota não fossem tão claros. De realçar a exibição de Nuno Coelho, um jovem de 16 anos convocado para a selecção nacional de sub-18, e que está a mostrar ser um “senhor” no meio campo serrano.
Francisco Carvalho/ Rádio da Covilhã
