Jay-Jay Johanson atua amanhã à noite (21h30) no TMG por ocasião da minidigressão que o cantor e compositor sueco está a realizar em Portugal para celebrar 20 anos do seu álbum de estreia, “Whiskey” (1996).
Deste trabalho faziam parte temas como “So Tell the Girls That I Am Back in Town”, até hoje um dos seus temas mais conhecidos, ou “Mana Mana Mana Mana”. Proveniente do jazz, Jay-Jay Johanson trabalhava em “part-time” na revista de música “Pop” quando, em 1994, ouviu uma cassete promo de “Dummy”, dos Portishead, que tinha chegado por correio à redação da publicação. Este encontro com a banda de Beth Gibbons acabou por mudar a sua vida, pois percebeu que era possível fazer algo com que ele sempre sonhara: misturar um estilo de composição típico do jazz com batidas urbanas, herdadas do hip hop, abrandadas de modo a que conseguisse cantar, como no jazz, por cima das mesmas. O estilo passou a ser conhecido por trip hop e inspirou o então candidato a músico a pôr a tocar a 33 bpm’s (em vez dos habituais 45) o instrumental de “I Got You Under My Skin”, de Neneh Cherry, e a cantar as suas músicas (fortemente inspiradas em Chet Baker) por cima dessa batida que se arrastava.
A experiência funcionou e Jay-Jay Johanson foi descoberto pela editora BMG (Sony Music) enquanto tocava numa festa de aniversário a pedido de um amigo. Foi o início da sua carreira com a gravação de uma demo de sete músicas, entre as quais “It Hurts Me So” e “So Tell The Girls That I Am Back In Town”. O lançamento de “Whiskey”, em 1996, viria a dar ao artista sueco honras de capa na mítica publicação francesa “Les Inrockuptibles”. Estava lançada a carreira de um dos músicos mais surpreendentes da pop contemporânea.