Na terceira edição do Festival Internacional de Jazz e Blues, em Seia, pontuam artistas mundialmente conhecidos, como Jacinta e o pianista Ivan Paduart. O evento tem início amanhã e prolonga-se até 3 de Março na Casa Municipal da Cultura.
Este fim-de-semana é dedicado ao jazz, cabendo a Jacinta abrir o festival. A voz portuguesa da prestigiada editora Blue Note Records apresenta, amanhã à noite, “Day Dream”. Com um reportório composto na sua grande maioria por temas de Duke Ellington, o segundo álbum revela também interpretações de Thelonious Monk, Cole Porter e, pela primeira vez em disco, temas em português. José Afonso (“Canção de Embalar”), Tom Jobim (“Luiza”) e Djavan (“Jogral”) foram os autores escolhidos, a que se juntam ainda quatro versões em português de temas de Duke Ellington. Depois desta visita guiada aos históricos do jazz, no sábado, sobe ao palco Ivan Paduart, ex-membro do grupo de Miles Davies e um dos maiores pianistas belgas da actualidade, que actuará acompanhado pelo saxofonista Rick Margitza, também ele antigo elemento da banda do mítico trompetista norte-americano. Os concertos de blues estão reservados para o primeiro fim-de-semana de Março, com a venezuelana Daniela Galbin (dia 2), actualmente a preparar o seu primeiro trabalho a solo.
Já o galego Victor Aneiros encerra o festival no dia seguinte, actuando com uma formação que mistura a música blues com novas tendências. Contudo, nem só de concertos é feita esta edição do “Seia Jazz & Blues”. No sábado de manhã realiza-se um “workshop” de saxofone com Rick Margitza, enquanto à tarde é a vez dos Tangetz Trio darem formação, antes de protagonizarem uma “jam session” no Conservatório de Música de Seia. No dia 3 acontece outro “workshop” de guitarra por Victor Aneiros. Durante o festival haverá ainda uma feira de livros, CD’s e DVD’s no foyer do Cine-Teatro da Casa Municipal da Cultura. A iniciativa faz parte de um conjunto de «eventos-âncora já consolidados na cidade e vai ao encontro das solicitações por parte do público que aprecia estes géneros musicais», adianta Mário Jorge Branquinho, responsável pela Casa Municipal da Cultura. É esperada boa afluência de público, havendo já um «número significativo» de bilhetes vendidos. A organização, da responsabilidade da autarquia, disponibiliza um “pack” de acesso aos quatro concertos, no valor de 15 euros, a melhor opção para quem pretenda não perder esta oportunidade.
