A pequena, mas graciosa aldeia do concelho da Guarda, onde poderia estar um bonito parque de merendas, dada a sua localização: encastrada entre duas encostas e onde passa, ainda envergonhado, o rio Massueime, viu-se segunda-feira rodeada por todos os lados por um inferno de chamas dantesco.
Onde estavam duas encostas verdes, salpicadas de castanheiros centenários e carvalhos, estão agora dois mantos negros cobertos de cinza.
Nenhum dos habitantes se lembra de tamanho horror! O fogo vinha de todos os lados, de todas as povoações vizinhas e ali se juntou para tudo destruir! Uma palavra amiga para os Bombeiros, que nem água já tinham para defender as quintas e a Povoação! Mas permitam-me um aparte: se tiverem mais calma e um pouco de humildade, os populares ajudá-los-ão a procurar as veredas para melhor chegarem ao fogo. A propósito das veredas, caminhos de carros de bois/tractores – talvez agora a Câmara com a sua Protecção Civil e Departamento de vias/estradas consiga dar razão a quem tanto os importunou para a limpeza do dito caminho de tractores, que pelo meio da encosta, liga Paiviegas e Codeceiro à freguesia de Avelãs de Ambom. Já não pedimos o alcatroamento, como em terras vizinhas! Deixamos um pedido: que alguém de direito ou de poder se lembre e dê uma mãozita a esta graciosa aldeia que parece completamente esquecida, pois nem a água e esgotos tem.
Fernando Santos, Guarda
