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Igreja clarifica que é ele «o candidato do PS»

Advogado diz que concorre contra quem «nada tem a ver com a Guarda» e outros que, «cegos pelo poder, renegam o partido a que devem o que são na vida política»

José Igreja é candidato do PS à Câmara contra «uns que nada têm a ver com a Guarda e até estiveram contra a nossa terra mais que uma vez» e contra outros que, «cegos pelo poder, renegam o partido pelo qual foram eleitos e ao qual devem o que são na vida política» – uma indireta a Virgílio Bento.

Na abertura da sua sede, na Rua Vasco da Gama, frente ao Dispensário, o candidato deixou claro que «a casa do PS é aqui e em mais lado nenhum», admitindo haver quem pretenda confundir o eleitorado. «Há pessoas que pensam que há duas candidaturas do PS», pelo que «é preciso explicar que esta é a única candidatura do PS, pois todos sabem que o partido me escolheu em eleições diretas», declarou aos jornalistas. Num espaço a abarrotar, José Igreja lembrou que «o PS tem uma história de grandes vitórias na Guarda porque conta com homens e mulheres de grande valor» e repetiu a frase várias vezes. «Para que nos oiçam», justificou, mas também para «unir» os socialistas e atrair simpatizantes e independentes que «continuam a confiar em nós». Contudo, o cabeça-de-lista alertou que este passado de vitórias «honra-nos, serve-nos de exemplo e dá-nos força, mas não ganha eleições», tendo apelado à «participação ativa» de militantes e simpatizantes numa campanha que «vai exigir muito trabalho e dedicação».

Sem adiantar pormenores sobre o seu programa, José Igreja revelou que o emprego, o ensino, a cultura, a área social, o mundo rural e o desporto serão as suas «principais preocupações» se for eleito. José Igreja prometeu também empenhar-se pelas candidaturas da Guarda a Património Cultural da Humanidade e a Capital Europeia da Cultura, mas sobretudo garantiu «dedicação total» ao município. «Tenho a minha profissão, mas em setembro ou outubro irei passar a ser advogado e defensor apenas e só da Guarda», declarou, perante mais de meia dúzia de presidentes de Junta, Vítor Santos, atual vice-presidente da Câmara, José Relva, ex-militante do PSD, e o histórico Lopes Craveiro. António Saraiva, Nuno Silva, diretor da Ensiguarda, Miguel Borges e o presidente da autarquia, Joaquim Valente, que concorre à Assembleia Municipal, também marcaram presença, entre outros apoiantes.

No final da sessão, José Igreja admitiu aos jornalistas que o PS teve «uma cisão» com a candidatura de Virgílio Bento, mas que não espera perder «mais do que um ou dois por cento, no máximo, de votos». De resto, anunciou que fará a apresentação pública da candidatura no início de junho e que no final desse mês conta anunciar a lista à Câmara e Assembleia Municipal. Já Vítor Santos – que também tinha estado na apresentação de Virgílio Bento – justificou esta presença pela «inerência de responsabilidades que decorrem de eu fazer parte dos órgãos da concelhia e da distrital», acrescentando ter estado com o candidato independente uma semana antes «em reconhecimento pelo trabalho que realizou na Câmara».

Luis Martins José Igreja admite que movimento liderado por Virgílio Bento possa tirar «um ou dois por cento de votos»

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