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Ideias – VI

Crónica Política

Mais um artigo, mais uma pequena ideia.

É sabido que o aumento da obesidade infantil é um problema de saúde grave, com consequências futuras alarmantes. Se assim é, devem também as autarquias pensar programas que possam combater este flagelo.

Na minha opinião a intervenção deve ser reforçada em duas componentes fundamentais:

– A educação para uma alimentação equilibrada e saudável;

– Uma forte aposta na prática desportiva dos jovens do 1º ciclo do ensino básico.

Hoje só falarei desta segunda vertente, não querendo com isso diminuir a importância da primeira.

A Guarda necessita criar um programa de prática desportiva que motive as nossas crianças e as oriente sobre que modalidades devem praticar.

Em conversa com um professor de educação física amigo meu, ele dizia-me que as crianças nos primeiros anos de escolaridade deviam experimentar as diversas modalidades desportivas. Eram-me apontadas por ele várias vantagens num programa deste tipo:

– um conhecimento de um maior número de modalidades por parte das crianças, podendo assim quebrar a quase hegemonia do futebol;

– um acompanhamento e uma orientação destes jovens na escolha da prática de uma modalidade para a qual tenham verdadeiramente potencial;

– uma mais valia para os clubes, permite que exista um maior número de praticantes e que estes, quando lhes chegam, já tenham uma parte da sua formação desportiva efetuada;

– a ética desportiva, o trabalho em equipa, a competição encarada de modo são e leal, vão permitir ter no futuro gerações de cidadãos melhor formados.

Os mais céticos, e porque os tempos que vivemos também são propícios a isso, estarão a perguntar quanto custa um programa destes. Eu confesso que prefiro olhar para os proveitos e, assim sendo, a título de exemplo, quanto se poupará no futuro no sector da saúde com um programa como este?

Não ouso, por falta de conhecimentos, mas a Guarda é uma cidade com muitos e bons técnicos na área do desporto. Desafie-se essa gente a criar um programa tecnicamente bem feito, economicamente viável e compatível com a atividade escolar destes jovens.

Se temos meios humanos, se temos infraestruturas, que não falte a vontade política.

Termino com o desafio ao próximo presidente da Câmara Municipal da Guarda: Que as crianças que entrarem no 1º ciclo, no ano letivo de 2014/15, não terminem este ciclo de escolaridade sem saber nadar, sem nunca ter pegado numa raquete de ténis ou de badminton, sem saberem quanto tempo podem estar no “garrafão” ou o que é um livre de 9 metros, sem terem experimentado calçar uns sapatos de bicos ou como se faz um serviço em suspensão. E já agora, que saibam o que é um fora de jogo e como se marca um penálti.

Fugindo completamente ao contexto desde artigo, termino com um apelo, na realidade são dois. Caro leitor, a CERCIG está a levar a cabo uma campanha de recolha de tampinhas de garrafas para angariar fundos para a compra de uma cadeira de rodas para um dos seus utentes. No Centro de Saúde da Guarda, a recolha é para ajudar uma menina de 2 anos que vai necessitar de cuidados de saúde.

Colabore, têm sido vários os exemplos que a comunicação social nos traz de iniciativas deste género que têm tido sucesso. Vamos demonstrar que as gentes da Guarda também são solidárias. Não nos custa nada ajudar e os beneficiários destas iniciativas e seus familiares agradecem.

Por: Nuno Almeida

* Presidente da concelhia da Guarda do PS

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