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Hospital da Cova da Beira pede aumento de vagas para internos

Unidade da Guarda continua a ser líder na capacidade formativa na Beira Interior

O Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB), na Covilhã, pretende a atribuição de 25 vagas para médicos internos, para o ano de 2005, para tentar fixar jovens clínicos na região, informou recentemente a administração. Já o Hospital da Guarda, a unidade que mais internos tem na Beira Interior, segundo a directora do Sousa Martins, reclamou 17 vagas para 2004, mais seis que no ano transacto.

Isabel Garção disse a “O Interior” que foram solicitadas aos diversos colégios de especialidades da Ordem dos Médicos idoneidade de internato para Anestesia, Obstetrícia, Ginecologia, Cardiologia e Ortopedia, para além das três valências actualmente com capacidade formativa – Pneumologia, Medicina e Cirurgia. «Temos que ser cada vez mais competitivos e tentar assegurar desde cedo a contribuição de jovens médicos para a Guarda», explica a directora e presidente do Conselho de Administração (CA) do Sousa Martins, para quem o hospital da Guarda não deve perder a sua «vocação e tradição» formativa. Um cenário bem diferente no CHCB, onde CA pediu em Fevereiro a reavaliação das capacidades formativas do hospital. «A nossa capacidade para formar médicos está subavaliada», justificou Miguel Castelo Branco, presidente do CA, acrescentando que o objectivo é fixar na região «os jovens médicos licenciados na Faculdade de Ciências da Saúde». O médico adiantou ainda que os colégios de especialidades da Ordem não avaliam o Hospital da Cova da Beira «há mais de três anos». Miguel Castelo Branco sublinhou que a necessidade de aumentar as capacidades formativas «já tinha sido constatada» pelo secretário de Estado da Saúde, Adão e Silva, numa recente visita à Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior. Em 2004, o Ministério da Saúde, sob proposta da Ordem dos Médicos, colocou apenas um interno no CHCB, onde estão actualmente em formação seis médicos. A existência de mais capacidades formativas não garante, por si só, a fixação dos médicos, mas torna-a «mais fácil, porque a formação é prolongada e os médicos ganham raízes na região», explicou Miguel Castelo Branco. As 25 vagas para internos foram solicitadas para 17 especialidades distintas.

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