A Guarda-Desportiva Futebol Clube entrou da melhor forma na série A da IIª Divisão Distrital ao vencer o “derby” guardense com o Núcleo Desportivo e Social (NDS), uma partida que atraiu cerca de 150 pessoas ao Campo do Carapito. A vitória da equipa comandada por Hélder Jerónimo, que fez alinhar um onze inicial com uma média de idades bastante alta, acaba por ser justa, já que foi quem mais fez para merecer os três pontos durante os 90 minutos. Começa assim da melhor forma a “aventura” do novo clube da Guarda que aposta seriamente na subida de divisão.
A Guarda-Desportiva entrou mais pressionante que o adversário, com o primeiro remate a pertencer a Márito, mas ao lado, quando estavam decorridos dois minutos. O NDS reagiu e aos 10’ poderia ter beneficiado de um livre indirecto dentro da grande área adversária, uma vez que Melo recolheu com as mãos uma bola passada por Pedro Francês. Esteve mal o árbitro João Adónis que nada assinalou. Com uma frente de ataque bastante móvel, a que o NDS respondeu com três defesas centrais, a Guarda-Desportiva chegou ao único golo do jogo aos 13’ na sequência de uma rápida jogada desenhada no flanco direito. João Mário fez um excelente passe para Mina, que surgiu atrás da defesa e colocou a bola no segundo poste onde Lage apenas teve que encostar para o fundo da baliza. Os homens do NDS protestaram muito por alegado fora-de-jogo, mas fica o benefício da dúvida para o árbitro assistente. Abalada pelo golo, a equipa da casa viu o adversário desperdiçar, quatro minutos depois, uma flagrante ocasião para aumentar a vantagem. Ché, completamente isolado, permitiu a intervenção de Matos.
De resto, o jovem guardião do NDS fez uma excelente exibição e evitou danos maiores.
Aos 20’ foi a vez do veteraníssimo Melo mostrar que ainda está aí “para as curvas” com uma excelente defesa a um livre directo apontado por Márcio. Passados sete minutos, o NDS desperdiçou uma das suas melhores oportunidades em todo o jogo, já que Serginho, à boca da baliza, não conseguiu dar o melhor seguimento a um cruzamento de Kassongo. O Guarda-Desportiva voltou depois a assumir o controlo do jogo e perto do intervalo desperdiçou mais uma boa oportunidade por Ché. No segundo tempo, o NDS entrou mais atacante, mas pouco perigo conseguiu criar. Assim, foi a equipa visitante que poderia ter chegado aos 2-0 quando, aos 55’, Mina introduziu a bola na baliza após uma combinação com Márito. Contudo, o árbitro anulou o golo por indicação do seu auxiliar que considerou ter havido fora-de-jogo, mas em nossa opinião ajuizou o lance de forma errada, pois a bola foi metida para trás. À hora de jogo, o recém-entrado Carvalho atirou uma “bomba” de fora da área para nova grande defesa de Matos. Quanto ao NDS, acabou o jogo “em cima” do Guarda-Desportiva e aos 94’ esteve perto do golo da igualdade, mas o remate de Perpétuo foi desviado para canto.
No final, Carlos Coelho, técnico do NDS, reconheceu que o adversário foi mais forte: «Lutámos contra uma boa equipa e mais veterana que a nossa. Foi um jogo renhido e ganhou talvez a equipa que mais mereceu». Já Hélder Jerónimo mostrou-se bastante satisfeito com a estreia do Guarda-Desportiva: «Vamos ver se conseguimos sempre amealhar. Tivemos momentos bons e com jogadas bonitas, mas no global não fomos uma equipa consistente», admitiu.
Ricardo Cordeiro
