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Fusão de freguesias vai ser reavaliada

O Governo pretende, ainda este ano, fazer uma reavaliação do processo de agregação de freguesias para corrigir eventuais erros antes das eleições autárquicas de 2017.

O secretário de Estado das Autarquias Locais disse este sábado que o Governo pretende fazer este ano a

«Nesta altura estamos a fazer uma avaliação em parceria com a ANAFRE (Associação Nacional de Freguesias) e após essa avaliação vamos ter que chegar a conclusões», revelou o secretário de Estado das Autarquias Locais, durante a visita à feira do queijo Serra da Estrela de Fornos de Algodres.

Segundo Carlos Miguel, as conclusões «têm que ser tiradas no decurso do corrente ano de 2016 de forma a que se possa alterar o quadro no ano de 2017 e que nas próximas eleições autárquicas, que hão de ser em setembro/outubro de 2017, possa já haver um novo quadro e nomeadamente, em caso concreto, com as alterações que possam existir».

«É prematuro, neste momento, estar a dizer que alterações é que vão ser [efetuadas], que critérios é que vão ser fixados, porque eles não estão minimamente discutidos, agora, há o propósito e há a vontade de fazer essa revisitação, após a avaliação, e que ela seja feita durante o decurso do ano corrente», garantiu.

O governante lembrou que o programa do atual Governo «prevê a reavaliação e a correção de erros manifestos com a agregação de freguesias».

«Isso quer dizer que o Partido Socialista não se reviu nem se revê naquilo que foi feito e pretende fazer ajustamentos», e por isso garante que «vai haver um novo quadro legal em que as populações e as freguesias podem socorrer-se do mesmo para se refundarem ou não».

«Há duas coisas que são assentes: é que nem tudo vai ficar na mesma, nem tudo vai voltar ao que era atrás. Temos que encontrar o meio-termo entre aquilo que era e aquilo que é», disse.

O secretário de Estado das Autarquias Locais reconhece que no mapa da agregação de freguesias «há experiências mal sucedidas» e outras bem sucedidas e «é essa avaliação que tem que ser feita».

A reorganização administrativa do país, em 2013, levou à redução de 1.165 freguesias, das 4.259 então existentes.

Comentários dos nossos leitores
Maria Monteiro milomonteiro@sapo.pt
Comentário:
Tenho residência numa aldeia do interior, gosto muito da minha terra, mas estou desolada com aquilo que temos vindo a viver após a União de freguesias, pois só há candidatos à Junta por interesse. Não respeitam as pessoas nem o património da nossa terra. A freguesia à qual fomos agregados quer impor leis, como a de virem usufruir daquilo que pertence à nossa freguesia. Estou revoltada, pois esta União de freguesias só veio tirar-nos a identidade. Se foi para poupança, foi mal pensado porque ainda há mais despesa, além da despesa há o abuso de poder. Pedia que fosse repensada esta Lei e que houvesse uma Lei nestas Uniões que deixe cada Freguesia com o que lhe pertence, e não quererem usurpar aquilo que pertence à outra freguesia por estar em minoria.
 

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