O ex-banqueiro e ex-ministro da Economia Emmanuel Macron é o próximo Presidente de França, com 65 por cento dos votos, segundo as primeiras projeções. Contudo, para muitos franceses, Macron foi “o mal menor”: 43 por cento dos eleitores votaram no independente para impedir Marine Le Pen de vencer, segundo estimativas do instituto Ipsos. A candidata da extrema-direita já reconheceu a derrota e quer uma “nova força política” para as legislativas.
Quinze minutos das primeiras projeções das televisões, a candidata da extrema-direita fez uma declaração onde assumiu a derrota e agradeceu aos 11 milhões de votantes que a apoiaram. Marine Le Pen assumiu ainda que as legislativas de junho serão o seu próximo desafio e adiantou que quer fazer alianças «com todas as forças e cidadãos patriotas».
A candidata derrotada defendeu também que o seu partido, a Frente Nacional, precisa de uma «reforma profunda» que leve à criação de uma «nova força política», que seja «a principal força de oposição ao programa do novo Presidente.
Por sua vez, o sucessor de François Hollande no Palácio do Eliseu enalteceu os valores europeus no seu primeiro discurso. Macron prometeu ao mundo zelar pela paz, cooperação internacional, combater ao aquecimento global e lutar «sem trégua» contra o terrorismo. O novo Presidente da República francesa pediu, ainda, a «moralização da vida pública». «Nenhum obstáculo me deterá», garantiu, para dizer que o futuro melhor se constrói com base em «trabalho, escola e cultura».