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Figueirense trava equipa invicta

União Desportiva de Seia sofreu primeira derrota da época e deixou escapar a Taça de Honra da AFG

O Ginásio Figueirense conquistou a Taça de Honra da Associação de Futebol da Guarda (AFG), no último domingo, ao vencer na final a União Desportiva de Seia. Esta foi a primeira derrota sofrida nesta temporada pela formação serrana em jogos oficiais, já que terminou a série B da IIª Divisão Distrital com vitórias em todos os encontros.

Num encontro que atraiu poucos espectadores ao Municipal da Guarda, o equilíbrio foi nota dominante nos primeiros minutos, não se tendo notado a diferença de escalão entre os finalistas. E até foram os senenses a abrir o marcador aos 13’. Branquinho desembaraçou-se de Jorge Cordeiro e fez a bola passar sobre Bruno, colocando o União de Seia a vencer. A expectativa de uma surpresa cresceu entre a assistência. Passados três minutos, o “tomba-gigantes” desta edição da Taça de Honra criou nova jogada de perigo, mas Branquinho fez a bola embater nas malhas laterais da baliza de Bruno. O Figueirense só apareceu aos 18’, quando um livre de Manuel Rodrigues obrigou Miranda à primeira defesa. Volvidos seis minutos, o mesmo jogador marcou um canto, só que a bola passou à frente da baliza sem que ninguém tivesse aproveitado. No seguimento, a bola foi cruzada para a área, mas Luís Paulo cabeceou por cima. A partir da meia-hora, o Figueirense começou a ter maior posse de bola, enquanto o Seia passou a apostar no contra-ataque. Aos 41 , a equipa então invicta poderia ter feito o segundo golo, mas Paulo, em óptima posição perto da baliza, cabeceou por cima.

Na segunda metade, Paulo Batista fez entrar Silva para o lugar de Pedrinha e “desviou” Luís Paulo para o centro. Duas alterações que resultaram “em cheio”, já que apenas dois minutos depois do intervalo, o Figueirense chegou à igualdade. Tó Luís marcou um livre no flanco direito e Luís Paulo, sem marcação, cabeceou com êxito. A formação serrana acusou o golo e, aos 50’, valeu Miranda a evitar por duas vezes que Luís Paulo voltasse a facturar, cedendo pontapé de canto. Na marcação, a bola não foi afastada da zona de perigo e o oportuno Paulo Jacinto apareceu ao segundo poste a desviar para a baliza. Os senenses reclamaram um pretenso fora-de-jogo que parece não ter existido. Luís Paulo mostrava-se então bastante irrequieto e aos 59’ apareceu, de novo, a cabecear com liberdade, mas por cima. Na resposta, aos 64’, Paulo cabeceou à figura de Bruno. Aos 77’, o inevitável Luís Paulo surgiu ao segundo poste a cabecear para uma excelente defesa de Miranda, após cruzamento da direita.

Nos últimos minutos, o Seia apostou mais na procura do empate, mas o melhor que conseguiu foi um cruzamento/remate de Hélder que obrigou Bruno a sacudir para canto. Ao invés, o Figueirense aproveitou o espaço concedido para criar perigo, desperdiçando várias ocasiões para ampliar a vantagem já em período de compensação, primeiro por Paulo Jacinto e depois por Silva. Miranda “brilhou” em ambas as ocasiões. Hugo Geraldes realizou um trabalho regular, embora tenha exagerado na amostragem de cartões amarelos. No final, Paulo Batista mostrou-se bastante satisfeito com a conquista da Taça de Honra. «Pelo que fizemos na segunda parte e as oportunidades criadas, somos os justos vencedores. No entanto, o guarda-redes do Seia foi, para mim, um dos melhores, senão o melhor em campo», frisou. Do outro lado, Paulo Jorge realçou a postura de «dignidade e grande categoria» da sua equipa, que «vendeu cara a derrota» e demonstrou que o campeonato ganho «não foi por mero acaso». O técnico deverá transitar, «em princípio», para a próxima época para «continuar a fazer história». De resto, o presidente da União de Seia já assumiu a vontade de lutar pela subida ao Nacional da IIIª Divisão.

Ricardo Cordeiro

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