O Ginásio Figueirense não evitou uma derrota na recepção ao Tocha, numa das partidas referentes à última jornada da primeira volta da sub-série C2, onde a equipa de Figueira de Castelo Rodrigo luta pela manutenção no Nacional da IIIª Divisão.
O jogo era de extrema importância para os locais, pois a vitória permitia-lhes repartir a primeira posição da classificação com o Tocha, ficando a seis pontos da terceira posição, o que seria muito mais confortável. Nesta fase são despromovidos 27 clubes, ou seja, os dois últimos de cada sub-série mais os três piores segundos pontuados de todas. A partida iniciou-se com o Ginásio a mostrar que queria resolver cedo a partida, mas o golo teimou em não aparecer apesar de algumas jogadas de entendimento. Contudo, passado o primeiro quarto de hora de jogo, e numa altura em que a equipa da casa dominava, o Tocha adiantou-se no marcador. Tudo por causa de uma “fífia” da defensiva figueirense, que Dani agradeceu e não desperdiçou. O golo tocou muito os pupilos de Manuel Barbosa, que decaíram de rendimento e começaram a falhar nalguns lances capitais. Já a equipa do Tocha ia gerindo a vantagem a seu belo prazer, aproveitando para queimar tempo sempre que podia.
A etapa complementar iniciou-se com o Figueirense a demonstrar outra atitude e a acossar o Tocha no seu meio campo. O empate adivinhava-se, mas o futebol é rico em surpresas e, contra a corrente do jogo, foram os visitantes que aumentaram a vantagem aos 53’. Jogada de puro contra-ataque, com a defesa do Ginásio a ver jogar e a sofrer o segundo golo da tarde por Diogo I. O pior veio logo a seguir, pois ainda se festejava este tento quando este jogador bisou, num lance em que o guardião local não ficou isento de culpas. Apesar de praticarem melhor futebol, os figueirenses viram-se a perder por três golos, mas com muito tempo para jogar. A partir daqui, o Tocha remeteu-se à defesa, enquanto o Ginásio instalou-se no meio-campo adversário. No entanto, nem as alterações feitas por Manuel Barbosa ajudaram a alterar o resultado, já que os visitantes passaram a defender com toda a equipa no meio-campo e a fazer do contra-ataque a sua arma de arremesso.
Por sua vez, os locais começaram a jogar mais com o coração do que com a cabeça e, quando assim é, o futebol praticado não é o mais eficaz. Apesar desta derrota, a equipa de Figueira de Castelo Rodrigo continua a depender apenas de si para conseguir a manutenção. Por isso, os próximos três jogos vão ser autênticas finais para os pupilos de Manuel Barbosa.
Rui Geraldes / Rádio Elmo