O Festival Y continua já no próximo sábado. Desta feita, a proposta da Quarta Parede, a Associação de Artes Performativas da Covilhã, traduz-se num workshop de Bruno Cintra, “Teatro de Objectos”, que terá lugar este fim-de-semana no Teatro – Cine. Já na segunda-feira, o destaque vai para a primeira produção artística da Quarta Parede, que subirá ao mesmo palco pelas 21h 30. Sílvia Pinto Ferreira e Jeannine Trévidic criaram e interpretam um projecto que se assume como multidisciplinar, que parte marcadamente do teatro, mas que rapidamente se estende a áreas como o multimédia. “Stracciatella” é uma amálgama de estórias simples, cujo conceito parte de um espaço híbrido onde habitantes conduzem visitantes por percursos labirínticos onde o tempo e os afectos se enlaçam. Na mesma noite, mas pelas 22h30, o Festival Y prossegue com uma conversa com Nuno Nabais, que parte da temática “Teatro e conceito no panorama contemporâneo”.
Depois, na terça-feira, o palco do teatro-cine recebe um encontro um tanto ou quanto imprevisível. Em “Inominável”, o guardense Américo Rodrigues, poeta sonoro e improvisador vocal, junta-se à bailarina de butô Yukiko Nakamura. Na verdade, este é o primeiro encontro dos dois criadores, num espectáculo onde vozes e corpos se situam num diálogo marcado pela improvisação, pelo mistério das sombras, feito de aproximações subtis e onde está presente a energia da fala e do canto. Pelas 22h30 ainda na terça-feira, é apresentado o primeiro de três programas da II Mostra de Vídeo – Dança do Festival Y, que assenta numa lógica transversal de reconhecimento do objecto da dança clássica e contemporânea. Paralelamente, vão ser exibidos filmes com estrelas de dança e do cinema como Joséphine Baker e Louis Fuller, bem como documentários e excertos de filmes como “Salomé” de Charles Bryant (1923), com Alla Nazimova.
Já na quarta-feira, dia 9, pelas 21h30, a Quarta Parede repete a performance/instalação “Stracciatella” e uma hora depois terá lugar o segundo programa da II Mostra de Vídeo – Dança. Desta vez, será apresentado um documentário sobre dança contemporânea, através do qual se pretende levar ao público uma série de problemas, processos e etapas do trabalho contemporâneo, numa visita pelos bastidores da criação, sem esquecer o seu enquadramento humano, social e económico.
Até dia 12 deste mês, a Casa dos Ministros recebe a exposição/instalação de Luís Afonso “Sanatório – Espaço sem fim”ainda no âmbito do Festival Y que, recorde-se, termina no último dia de Novembro.