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Festival de Cinema da Covilhã começa amanhã

Cerca de 50 filmes serão exibidos na mostra organizada pelo Inatel até dia 19

A antestreia nacional de “Inimigos do Império” (The Banquet), do chinês Feng Xiaogang, inaugura amanhã, no Teatro-Cine, a terceira edição do Festival de Cinema da Covilhã. A mostra, promovida pela delegação local do Inatel até dia 19, estende-se ainda às salas da Cinubiteca da UBI, do Serra Shopping, a Idanha-a-Nova e à Sertã, estando programados cerca de 50 filmes da Alemanha, Áustria, Bélgica, Bósnia, China, Croácia, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Índia, Itália, Japão, Rússia, além da tradicional aposta no cinema nacional.

Depois de “Inimigos do Império” serão ainda exibidos no Teatro-Cine “Uma família à beira dum ataque de nervos”, de Jonathan Dayton e Valerie Faris, «uma comédia nunca estreada em Portugal e que foi nomeada para os Óscares», sublinhou Joaquim Diabinho, director de produção do festival.

“Serão”, de Joana Toste; “Cântico das criaturas”, de Miguel Gomes; “Body rice”, de Hugo Vieira da Silva; “O bom nome”, de Mira Nair; “Encurralados”, de Ryan Fleck; “Palombella Rossa” e “Querido diário”, ambos de Nanni Moretti; “Rapace”, de João Nicolau; “Primeiro voo”, de Nuno Bernardo; “Coisa ruim”, de Tiago Guedes e Frederico Serra; e “Pecados Íntimos”, de Todd Field; completam o cartaz desta edição. Já na Cinubiteca o público poderá ver “Não quero apenas que me amem”, de Hans Günter Plfaum; “O direito do mais forte à liberdade”, “A terceira geração”, “Lili Marlen” e “A saudade de Veronica Voss”, todos de Rainer Werner Fassbinder; e “Crosswalk”, de Telmo Martins. Já no Serra Shopping decorre, de 14 a 19, a acção pedagógica “A escola vai ao cinema”. Os filmes de animação “A viagem de Chihiro” e “O Castelo Andante”, de Hayan Miyazaki, serão vistos por 539 alunos de sete escolas básicas do concelho da Covilhã.

Por definir está ainda a antestreia nacional que encerrará o evento. Sabe-se apenas que será um filme francófono que ainda está a ser legendado em português. Antes disso realiza-se a cerimónia da atribuição de prémios. A competição nacional integra quatro longas-metragens e 10 curtas. Os prémios dividem-se entre Grande Prémio “Cidade da Covilhã” para a melhor longa-metragem (2.500 euros), Grande Prémio “Cidade da Covilhã” para a melhor curta-metragem (1.250 euros) e Melhor Realizador, Prémio Revelação “José Álvaro de Morais”, Prémio Especial – Reconhecimento de Carreira e duas menções honrosas. A estes juntam-se os galardões do público para os melhores filme, realizador e intérprete. O júri é presidido pela realizadora Margarida Gil. Bernardino Gata, delegado regional do Inatel, considera que o festival vai «colmatar uma brecha existente na programação cultural da região», trazendo «ao interior alguns dos filmes que não passam nos circuitos comerciais». Já Joaquim Diabinho sustenta que esta terceira edição continua «fiel aos seus princípios de promover o cinema português e divulgar filmes que, por razões comerciais, não são tão vistos».

No Centro Cultural Raiano de Idanha-a-Nova passam os filmes “Sinal de alerta”, de Andrea Arnold; “Livro negro”, de Paul Verhoeven; “À beira do precipício”, de Kim Rossi Stuart; e “Pequenas flores vermelhas”, de Yuan Zhang. Para o Cine Teatro Tasso, na Sertã, estão programados a “A maldição da flor dourada”, de Zhang Yimou; “O véu pintado”, de John Curran; “A filha da guerra”, de Jasmila Zbanic; “Boa noite, e boa sorte”, de George Clooney”; e “Voltar”, de Pedro Almodóvar.

Ricardo Cordeiro

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