A administração das Minas da Panasqueira está a procurar compradores de minério que permitam manter a unidade do concelho da Covilhã em funcionamento, anunciou na semana passada o director-geral, Ramachondra Naike, após reunião com o Sindicato Mineiro. Sem contratos que permitam escoar a produção (volfrâmio e tungsténio) desde Dezembro, «a administração equaciona todas as hipóteses», disse aquele responsável. «O dólar baixou e as nossas receitas caíram significativamente nos últimos meses», explicou. «Estamos a tentar rever os contratos com os clientes, tendo por base esta quebra», disse o administrador, referindo que «agora resta aguardar por decisões superiores». Por outro lado, «o mercado é volátil», reconheceu, explicando que «depende da capacidade da China introduzir minério no mercado», o que pode fazer variar os preços e a competitividade da Panasqueira. Com 220 trabalhadores, as Minas da Panasqueira foram vendidas em Abril do ano passado pela Avocet à Primary Metal Incorporated, duas empresas com capitais maioritariamente canadianos. Ao longo dos últimos nove anos, «andámos muitas vezes confiantes e outras tantas de queixo caído. Temos de esperar para ver se os contratos serão celebrados», conclui Ramachondra Naike, sem previsão para o fecho das negociações em curso.
