Continua a monte o detido que fugiu do estabelecimento prisional da Guarda na madrugada de domingo. Paulo Filipe, de 31 anos, com antecedentes criminais por furto e roubo, terá sido visto na sua terra natal, Póvoa d’El Rei (Pinhel) na segunda-feira, mas conseguiu escapar à GNR. As autoridades estimam que possa estar armado, dado que há um mês roubou duas caçadeiras de uma habitação. No terreno está montada uma verdadeira caça ao homem, com especial incidência na fronteira.
Fonte da GNR adiantou a O INTERIOR que o fugitivo foi localizado por uma patrulha no dia seguinte a ter escapado da prisão quando conduziu um carro nas proximidades da aldeia onde residia. Contudo, ao avistar os militares, o recluso abandonou o veículo e fugiu para uma zona de mato sem deixar rasto. A mesma fonte acrescentou que a polícia espanhola já foi notificada desta situação, uma vez que se suspeita que o evadido tente sair do país – a GNR sabe que tem familiares em França. A “aventura” de Paulo Filipe começou na madrugada de domingo. O jovem tinham sido detido pela GNR em Póvoa d’El Rei na sexta-feira para cumprir uma pena efetiva de 14 meses de prisão por conduzir sem carta de condução, de acordo com uma sentença do Tribunal Judicial de Espinho. A GNR adianta que o suspeito tem antecedentes criminais e estava em liberdade condicional – cumpriu cinco dos sete anos a que fora condenado por furtos – quando foi apanhado, tendo sido entregue no estabelecimento prisional da Guarda pelas 22 horas desse dia.
Paulo Filipe, que está referenciado como toxicodependente e não profissão, também está a ser investigado pela prática de vários crimes perpetrados nos concelhos de Pinhel, Trancoso e Mêda, nomeadamente furto de veículos, de metais (cobre, ferro e ferramentas), e em estabelecimentos comerciais, bem como condução ilegal. É igualmente suspeito de sequestro e abuso sexual de uma jovem de 16 anos, que alegadamente quis forçar a trabalhar num bar de alterne da zona de Trancoso. O caso foi descoberto em meados do mês passado, durante uma primeira tentativa da GNR para fazer cumprir o mandado de captura do Tribunal de Espinho. Só que Paulo Filipe conseguiu escapar. O mesmo aconteceu quinze dias depois, já no estabelecimento prisional da Guarda. O detido acabou por sair da cela onde se encontrava sozinho por uma janela e desceu depois por uma árvore, antes de saltar um muro «muito alto, pelo que pode estar ferido», acrescentou a Direção-Geral dos Serviços Prisionais, que já abriu um inquérito para apurar as circunstâncias desta fuga.
Luis Martins