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«Estamos sempre mais vocacionados para trabalhar com o agricultor»

Cara a Cara – Entrevista

P – A Caixa de Crédito Agrícola do Vale do Távora é constituída por quantos balcões?

R – No total, o grupo é constituído por oito balcões instalados em Tabuaço, onde temos a sede do grupo, Sendim, Penedono, Sernancelhe, Ferreirim, Aguiar da Beira, Trancoso e Vila Franca das Naves.

P – Quais são os objectivos do grupo Vale do Távora?

R – O nosso objectivo é garantir a manutenção dos actuais clientes, dando-lhes um acompanhamento sistemático para melhor rentabilizarem o seu negócio. Até ao momento, felizmente, temos sempre fechado todos os anos com lucros. Porém, poderá haver um ano em que não o consigamos fazer e é sempre aborrecido. Nós somos orgãos eleitos para um triénio e gostamos sempre de chegar ao fim dos nossos mandatos e apresentar lucros e os nossos objectivos cumpridos.

P – Acha que os habitantes da região poupam mais ou menos que em anos anteriores?

R – Estamos inseridos numa zona essencialmente agrícola e aqui os habitantes têm maioritariamente mais de 65 anos de maneira que as pessoas normalmente são poupadas. Há de facto um aumento na poupança mas mais nas pessoas de mais idade pois estão mais vocacionadas para a poupança e são realmente mais poupados que os jovens. Porém não digo que não hajam jovens na medida dos possíveis a tentar fazer algumas poupanças.

P – A Caixa Agrícola continua a ser um banco ligado à agricultura e aos agricultores ou abrange também outra áreas?

R – Já temos autorização para ser uma banca completa. Deste modo, podemos executar qualquer produto financeiro dentro da banca que os nossos associados necessitem, mesmo em áreas que não estejam ligadas à agricultura. Já não há limitações. Nós não estamos muito ligados à indústria, apesar de termos alguns industriais a trabalharem connosco em todo o nosso universo. No entanto, estamos sempre mais vocacionados para trabalhar com o pequeno ferrador, agricultor e cliente. Porque, por mais estranho que pareça, é rara a semana que não tenhamos pedidos de 500 euros e não estou a ver a outras bancas privadas a preocuparem-se em atender esses clientes. Mas continuamos essencialmente ligados à agricultura, porque os outros bancos não se interessam pela agricultura pois tem um retorno lento dos capitais e portanto não tem a rentabilidade que interessa.

P – O balcão de Trancoso foi recentemente inaugurado. Qual a sua importância, visto que existe também um em Vila Franca das Naves?

R – O balcão de Vila Franca das Naves já tem mais tempo que a Caixa que existia aqui em Trancoso. Já tem um historial maior e como tal já tem clientes fidelizados há vários anos. Entretanto, não achámos por bem que houvesse um balcão numa freguesia e a sede do concelho não estar servida, daí termos criado e inaugurado recentemente este balcão. Os clientes de ambos os balcões são do mesmo concelho, mas por exemplo à sexta-feira acorre aqui muito mais gente por ser dia de feira.

P – Pretendem abrir mais alguma Caixa Agrícola no distrito da Guarda?

R – É provável que sim. Pedimos autorização ao Banco de Portugal para abrir mais um balcão num determinado concelho, que provavelmente será no distrito da Guarda. Porém ainda não podemos divulgar a informação por não termos a devida autorização do Banco de Portugal para o fazer.

P – Sendo um dos maiores bancos da região, quantos funcionários tem a Caixa de Crédito Agrícola do Vale do Távora?

R – Temos ao todo nos oito balcões do Grupo de Caixa de Crédito Agrícola do Vale do Távora 24 funcionários.

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