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Escola Profissional da Guarda deverá funcionar na ESTG

Constantino Rei afirma que se a EPG não abrir no próximo ano lectivo, então «não abrirá durante os próximos cinco ou seis anos»

A Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do Instituto Politécnico da Guarda deverá vir a acolher a Escola Profissional da cidade. Na semana passada vários técnicos do Ministério da Educação vieram observar “in loco” as instalações e terão ficado agradados com o que viram, mas ainda não é definitivo, uma vez que nada foi entretanto protocolado. Bastante interessado no projecto, Constantino Rei diz que se a EPG não arrancar já no próximo ano lectivo «muito dificilmente» virá a abrir no futuro.

O director da ESTG afirma que «ainda não é certo» que o estabelecimento que dirige venha a acolher a sede da Escola Profissional da Guarda. No entanto, tudo parece estar bem encaminhado para que tal aconteça, até porque já existe um «acordo prévio» e uma «declaração de intenção» da ESTG e do próprio IPG a manifestarem interesse em ceder as suas instalações. Constantino Rei adianta que existem duas opções que podem ser tomadas, uma passa por «sermos meros prestadores de serviços à EPG e alugar as instalações, como fazemos com outras instituições», indica. A outra, e aquela que defende, é «sermos parceiros activos» de modo a termos «direitos e deveres, mas essa intenção não depende de nós», realça. No entanto, confirma que houve «alguma abertura» por parte dos responsáveis da Ensiguarda – Escola Profissional, Lda. É certo que a ESTG e o IPG estão «interessados» em integrar o projecto e serem associados da cooperativa presidida por Marília Raimundo. O professor está mesmo empenhado em levar a EPG para a ESTG, até porque uma das suas expectativas passa por a instituição que dirige poder vir a ser frequentada futuramente por alunos provenientes da Escola Profissional e já conhecedores do equipamento e das instalações.

«Se a EPG vier a funcionar bem, poderemos ter um excelente campo de recrutamento e mais alunos. É por isso que defendo que devemos ser participantes activos», reforça. Por outro lado, Constantino Rei está «convencido» que se a EPG não abrir no próximo ano lectivo, então «não abrirá durante os próximos cinco ou seis anos», daí que considere este ano «decisivo». «Ou abre agora ou muito dificilmente abrirá no futuro», receia. Isto porque é «pública» a aposta que o Governo está a fazer no ensino técnico-profissional, o que leva o director da ESTG a acreditar que, desta feita, o financiamento para a EPG será finalmente concedido. Recorde-se que este assunto tem sido o grande obstáculo à abertura da Escola Profissional da Guarda desde que o projecto foi apresentado em Março de 2002. Aliás, a escola, os cursos, os currículos dos docentes, o número de alunos e funcionários foram «completamente» aprovados pela tutela. O projecto da EPG mereceu até a avaliação de “muito bom” pelos técnicos do ministério, mas a falta de verbas provenientes de fundos comunitários inviabilizou sempre a sua concretização efectiva. No entanto, tal como fonte ligada ao processo garantiu a “O Interior” na última edição, acredita-se que desta vez o projecto terá a necessária “luz verde” por parte do Governo. Notório também é o grande esforço realizado por diversas entidades, como a Ensiguarda, a ESTG, o IPG e a Câmara para que, finalmente e passados alguns anos, a escola possa sair do papel. Recorde-se que o projecto da EPG foi apresentado pela Ensiguarda – cooperativa nascida de uma parceria entre a Associação de Beneficência Augusto Gil e a Associação Comercial da Guarda – em Março de 2002.

Ricardo Cordeiro

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