A Ergovisão tem novas instalações na Guarda. São 300 metros quadrados no Largo dos Correios onde a conceituada ótica aposta nos mais modernos equipamentos e produtos, serviço que alia a um museu.
O projeto é de Luís Fonseca, de 35 anos, que decidiu abrir esta nova loja num espaço mais bem localizado no centro da cidade. «Fechámos a Ótica da Sé, na Praça Velha, e mudámo-nos para instalações maiores e mais bem localizadas, com mais movimento», justifica o empresário, que também gere a loja Ergovisão no Intermarché, aberta em 2014 e que se mantém. «O centro histórico está bastante parado, não há estacionamento e as pessoas reclamam. Aqui estão os serviços públicos todos, correios, bancos, Segurança Social, Câmara e escolas», adianta o responsável, para quem esta mudança destina-se a estar mais próximo dos clientes. «É uma zona por onde circula mais gente e há mais probabilidade de alguém entrar na ótica», acredita Luís Fonseca.
A novidade da Ergovisão do Largo dos Correios é um conceito inédito no país, já que alia o serviço especializado a um museu da ótica que permite aos visitantes conhecerem a evolução do setor. «Ainda é um pequeno museu, mas temos cerca de uma centena de óculos dos anos 20, da década de 50 e de pilotos da IIª Guerra Mundial, bem como um aparelho de oftalmologia com cerca de 50 anos. Acho que é interessante e uma mais-valia para a nossa loja e para a cidade», afirma o responsável. Por carolice e interesse pessoal, Luís Fonseca foi adquirindo peças «há muito tempo» e sempre com o objetivo de criar um museu. «Quando comprava material e dizia que era para o museu, as pessoas riam-se, mas acreditava que isso seria possível um dia. Hoje, penso que consegui concretizar essa ambição», admite o técnico de ótica, que trabalha no setor há 14 anos.
Situado na cave da loja, o museu apenas estará acessível aos clientes da Ergovisão, que serão convidados a visitá-lo de forma gratuita. «O objetivo é que os nossos clientes tenham uma visão diferente do que é a oftalmologia, ficando também a conhecer a evolução das técnicas. É uma ideia diferenciadora que pode contribuir para fidelizar o cliente», afirma o empresário. Luís Fonseca considera que há muita concorrência na área das óticas na Guarda, mas acredita que «o bom serviço da Ergovisão, os nossos bons profissionais e o apoio da nossa marca fazem a diferença». No seu caso trabalha em regime de franchising, que considera uma «mais-valia», pois «quem trabalha sozinho e não se alia a nenhum grupo não tem a tarefa fácil. A Ergovisão é uma garantia de qualidade nas lentes, nos serviços e nas marcas de óculos – temos todas as marcas».
O empresário está «otimista e confiante» com este investimento, declarando que as novas instalações têm «potencial porque a ótica trabalha bem». Nesse sentido, pretende fortalecer o projeto na Guarda – «porque é a minha cidade – sou natural dos Meios – e é aqui que resido com a minha família», justifica – e tem recusado os convites para se expandir para outras localidades: «Não quero porque quero dedicar-me bastante a isto, como fiz sempre desde que comecei na Ótica Araújo, há 14 anos», garante Luís Fonseca, para quem «sair da Guarda não me passa pela cabeça». A Ergovisão tem quatro funcionários e conta com consultas de dois médicos oftalmologistas às sextas-feiras.