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Emigrante em contramão quatro quilómetros na A25

BT suspeita que o cansaço da viagem de França possa estar na origem da infracção

Está em fase de inquérito, pelo Ministério Público do Tribunal da Guarda, o caso do emigrante que circulou perto de quatro quilómetros em contramão na A25, nas proximidades da cidade. O homem de 48 anos, natural de Castelo de Branco, mas a residir em França, foi presente ao juiz na manhã do passado dia 9 após ter sido detido nessa madrugada pela Brigada de Trânsito (BT) da GNR por condução perigosa.

«O condutor tinha acabado de entrar em Portugal, viajava sozinho e não justificou a situação», disse a O INTERIOR o comandante do destacamento da BT. O tenente Bruno Gonçalves acrescentou que o indivíduo só se apercebeu que estava a circular em contramão quando uma patrulha da Brigada o obrigou a parar ao quilómetro 170 da auto-estrada das Beiras Litoral e Alta (Aveiro-Vilar Formoso). Eram cerca das 5h45. «O automobilista entrou no sentido certo na zona da fronteira com destino a Castelo Branco, mas, talvez devido ao cansaço da viagem e a alguma desorientação momentânea, pensou que estava enganado e decidiu inverter a marcha na mesma faixa de rodagem», adiantou o oficial. O que aconteceu já perto do nó da Guarda, onde a A25 se cruza com a A23, a auto-estrada da Beira Interior que liga a cidade mais alta a Torres Novas, passando por Castelo Branco.

O local tem sido propício a alguns enganos dos automobilistas menos atentos às placas de sinalização, pois as vias seguem lado a lado durante algumas centenas de metros. Contudo, Bruno Gonçalves considera que não terá sido essa a causa da infracção: «A A25 não só está muito bem sinalizada naquele ponto, como em toda a sua extensão. Só se engana quem vier distraído», garante. O oficial revelou ainda que o infractor foi submetido ao alcoolímetro e não apresentou «qualquer taxa de álcool no sangue». A BT foi alertada para o sucedido via 112, tendo o automobilista sido interceptado «poucos minutos depois» por uma patrulha que circulava próximo do local. «Não se registaram acidentes por o trânsito ser muito reduzido àquela hora», referiu o comandante da BT. Em Dezembro de 2005, uma mulher viajou cerca de 40 quilómetros em contramão entre o nó da Benespera (A23) e a ponte sobre o Côa (A25), perto de Vilar Formoso.

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